Partindo do pressuposto de que, em textos literários, “os animais, os objetos e os conceitos que nele desempenhem funções de agentes se encontram inevitavelmente antropomorfizados, mesmo que só implicitamente, porque o homem projeta neles os seus valores ou exprime através deles os seus valores (que podem ser os valores de um anti-humanismo)” (Vitor Manuel Aguiar e Silva, Teoria da Literatura, 8ª ed., 2007, p. 694), as autoras do artigo “O animal como figura representativa do descompasso amoroso e da solidão humana” abordam a relação entre homem e animal na literatura brasileira através da análise do poema “Porquinho-da-índia”, de Manuel Bandeira, e do conto “Zoiuda”, de Luiz Vilela.
O
trabalho, publicado na revista Estação Literária, é de autoria de Eunice
Prudenciano de Souza e Pauliane Amaral, integrantes de GPLV, e apresenta a proposição
de que tanto o porquinho-da-índia do poema de Bandeira quanto a lagartixa do conto
de Vilela apresentam qualidades que revelam a necessidade de afeto gerada pela
incomunicabilidade e solidão; esses aspectos marcam tanto a enunciação do sujeito lírico do poema
quanto a psicologia da personagem do conto. Antropomorfizados na figura de uma
mulher, a quem imaginariamente substituem, esses animais desvelam o descompasso amoroso que marca a
trajetória dos sujeitos do poema de Bandeira e do conto de Vilela.
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