sexta-feira, 30 de agosto de 2013

LUIZ VILELA E RUBEM BRAGA

                Rubem Braga, o “sabiá da crônica”, que nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, em 12 de janeiro de 1913, faria em 2013 cem anos. A data está sendo lembrada e comemorada pela imprensa de todo o país.
            Rubem Braga foi um dos autores fundamentais na formação literária de Luiz Vilela, conforme este, por mais de uma vez, declarou em suas entrevistas e depoimentos.
            Vilela começou a lê-lo ainda adolescente, em Ituiutaba, na Manchete, e depois no Diário de Notícias, do Rio. Mais tarde, em Belo Horizonte, comprou o seu livro 100 Crônicas Escolhidas, que tinha acabado de sair. O livro aparece numa das crônicas que Vilela, então com 15 anos, mandava regularmente da capital mineira para um jornal de sua cidade, a Folha de Ituiutaba.
            Oito anos depois, em 1963, quando Vilela, com 23 anos, tentava a publicação de seu primeiro livro, de contos, uma das editoras a que enviou os originais foi a Editora do Autor, de Rubem Braga e Fernando Sabino. Passado algum tempo, recebeu de volta os originais, acompanhados de uma carta explicando os motivos da recusa. A carta era assinada por Rubem Braga.
            Em 1968 Rubem Braga fez parte da comissão julgadora do I Concurso Nacional de Contos, do Paraná, concurso no qual Luiz Vilela, que já tinha, então, publicado seu primeiro livro, de contos, o Tremor de Terra, foi um dos premiados.
            Em 1979 foi realizada, em São Paulo, pela Secretaria Municipal de Cultura, a Semana do Escritor Brasileiro, e Luiz Vilela, com 36 anos, alguns livros publicados, e já bem conhecido do público e da crítica, foi convidado a participar. O mais novo da turma de escritores, ele falaria na mesma noite em que Rubem Braga, além de outros três escritores, falaria.
            Um imprevisto, porém, impediu que Vilela viajasse e ficasse conhecendo pessoalmente o escritor. Isto só veio a acontecer em 1985, no Congresso Brasileiro de Escritores, realizado também em São Paulo e do qual os dois faziam parte. Vilela viu Braga na saída de uma das sessões, no Teatro Sérgio Cardoso, mas não chegou a conversar com ele.
            A seguir, vão aqui reproduzidos a crônica de Luiz Vilela, a carta de Rubem Braga e o cartaz, frente e verso, da Semana do Escritor Brasileiro.




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Convite: bancas e palestras

Na próxima semana teremos duas bancas e uma palestra no Mestrado em Letras da UFMS / Três Lagoas:

Dia 28 de agosto, quarta-feira, às 19h30 - Palestra Regionalismo e Dissonância, pelo Prof. Luiz Gonzaga Marchezan (UNESP / Araraquara);

Dia 29 de agosto, quinta-feira, às 8h - Banca de Raquel Celita Penhalves dos Reis, do GPLV, que defenderá o trabalho O antropófago mineiro: um estudo sobre a ficção de Luiz Vilela, sendo arguidores os Profs. Drs. Luiz Gonzaga Marchezan e José Batista de Sales, em banca presidida pelo Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues;

Dia 30 de agosto, sexta-feira, às 14h - Banca de Jorge Augusto Balestero, que defenderá o trabalho Da tradição à invenção: a consciência poética de Armando Freitas Filho, sendo arguidores os Profs. Drs. Orlando Nunes de Amorim (UNESP / S.J.R.P.) e Rauer Ribeiro Rodrigues, em banca presidida pela Profa. Dra. Kelcilene Grácia-Rodrigues.

As atividades são abertas à comunidade universitária.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Assista a "Bóris & Dóris - o filme"

   Em 2007, como atividade da disciplina Prática de Ensino, os alunos do Curso de Letras do CPAN / UFMS, sob direção do Prof. Rauer, realizaram um curta-metragem adaptado da novela Bóris e Dóris, de Luiz Vilela.

     Para assistir ao filme, clique na imagem abaixo:


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Artigo trata do tema do espelho em Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Guimarães Rosa e Luiz Vilela

O artigo "O motivo do espelho em contos de Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Guimarães Rosa e Luiz Vilela", do Coordenador do GPLV, prof. Rauer Ribeiro Rodrigues, publicado no volume 2 do livro  História da literatura: práticas analíticas, organizado por Carlinda Fragale Pate Nuñez, Germana Sales, Rauer Ribeiro Rodrigues, Roberto Acízelo de Souza e Socorro de Fátima Pacífico Barbosa a partir de atividades do GT História da Literatura da ANPOLL e lançado pelas Edições Makunaíma no ano passado, está agora reproduzido no Blog do GPLV.
No artigo, Rauer analisa duas versões de um mesmo conto de Aluísio Azevedo diante de contos de Machado de Assis e de Guimarães Rosa que estão entre os mais conhecidos e estudados da literatura brasileira, e diante de conto de Luiz Vilela que tem como fio condutor o mesmo tema — a questão do sujeito diante do espelho. 
Embora versões do mesmo conto, as narrativas de Aluísio Azevedo são apresentadas com dois títulos: “Cadáveres insepultos” (1893) e “Insepultos” (1898). O conto de Machado de Assis é o célebre “O espelho”, de 1882, mesmo título da narrativa rosiana publicada em 1962. De Luiz Vilela, o conto estudado, “Imagem”, foi publicado no volume de estreia do escritor, Tremor de terra (1967).
Após percorrer a fortuna crítica dos contos e delimitar teoricamente a questão filosófica trazida pela imagem especular, Rauer mostra que os autores se valem da metáfora do espelho para expressar cosmovisões particulares, que vão do lúdico ao transcendente, do jogo narrativo ao derrisório, do ceticismo ao niilismo.

Para ler o artigo, cujo link está na aba “Fortuna crítica”, clique aqui. Para baixar o livro no qual o artigo foi publicado, clique aqui.