Mostrando postagens com marcador GPLV. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GPLV. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de dezembro de 2019

GPLV lança Coleção com cinco livros - Confira!

GPLV - Grupo de Pesquisa Literatura e Vida
Apresenta:

Coleção Literatura e Vida, do GPLV
E-books – Editora Pangeia, 2019
5 volumes



E AGORA, JOSÉ?
LITERATURA E VIDA 1

Organizadores:
Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)
Rita de Cássia Silva Dionísio Santos (Unimontes)
Eunice Prudenciano de Souza (IFSP)

E agora, José? / Organização de Rauer Ribeiro Rodrigues, Rita de Cássia Silva Dionísio Santos, Eunice Prudenciano de Souza.  Uberlândia, MG : Editora Pangeia ; Três Lagoas, MS : GPLV, 2019. (Coleção Literatura e Vida – volume 1).

ISBN: 978-65-80910-01-4

Apresentação, por Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS

1.      Ângela Balça, da Universidade de Évora e do CIEC – Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho, “Natércia  Rocha  ou  da  afirmação  da literatura para a infância em Portugal”
2.       Rosane Gazolla Alves Feitosa, da UNESP / Assis, “Eça de Queirós visto por Miguel Real”
3.       Carina Marques Duarte, da CPAN / UFMS, “Ultimatumcrítica à época e vontade de potência”
4.      Pedro Brum Santos, da Universidade Federal de Santa Maria, “Escrita, História e Política em José Saramago”
5.      Ivana Ferrante Rebello; Rita de Cássia Silva Dionísio Santos, UNIMONTES, “A cidade escrita: grafias das ruas do Rio de Janeiro em dois tempos”
6.      Ligia Chiappini, Freie Universität Berlin, “Para bom entendedor... Os contos de Luiz Vilela”
7.      Cilene Margarete Pereira, Universidade de Três Corações, “Wander Piroli e a poética das ruas”
8.      Alcione Maria dos Santos, FAALC/UFMS, “‘Vinte anos de amélia’, de Alciene Ribeiro: sob o signo da festa e da cruz”
9.      Maisa Barbosa da Silva Cordeiro, UNIGRAN, “A menina e a mulher na literatura juvenil: uma leitura feminista de O mágico de olho verde, de Alciene Ribeiro”
10.  Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS; Heloiza Moreno, SED / SP, A literatura no centro do ensino da língua materna: superando defasagens e avançando na aprendizagem




ALCIENE RIBEIRO
LITERATURA E VIDA 2

Organizadores:
Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)
Aurora Cardoso de Quadros (Unimontes)
Maisa Barbosa (UNIGRAN)

Alciene Ribeiro. / Organização de Rauer Ribeiro Rodrigues, Aurora Cardoso de Quadros, Maisa Barbosa.  Uberlândia, MG: Editora Pangeia ; Três Lagoas, MS: GPLV, 2019. (Coleção Literatura e Vida – volume 2).

ISBN: 978-65-80910-02-1

Apresentação, por Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS

1.      Maisa Barbosa da Silva Cordeiro, UNIGRAN, “Casa e rua na literatura juvenil: representações de gênero em O mágico de olho verde, de Alciene ribeiro”
2.      Natália Tano Portela, CPTL / UFMS, “O ponto de vista como revelador de sentidos: uma leitura de O mágico de olho verde  e de ‘O inventor de flores’”
3.      Vanessa Carla Ayala, CPAN / UFMS; Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS, “Uma leitura do conto ‘Eu choro do palhaço’”
4.      Mayara Pereira Coelho Palandi Ruzene Bassanelli, CPAN / UFMS; Carina Marques Duarte, UFMS, “Facas-laser cortam a vida: dialogando com Alciene Ribeiro e Conceição Evaristo”
5.      Wagner Marques de Souza, CPAN / UFMS, “O feminino como humanidade em Mulher explícita
6.      Alfredo Ricardo Silva Lopes, UFMS, “Reflexos do Iluminismo em ‘Independência  e  morte’, de Alciene Ribeiro”
7.      Júlia dos Santos Fraga, CPAN / UFMS; Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS, “Uma leitura do conto ‘Independência e morte’, de Alciene Ribeiro”
8.      Felipe Maropo, UFMS, “Véspera de borboleta - A metáfora da metamorfose para o devir humano: uma proposta de leitura do conto ‘Lagarta gente boa’, de Alciene Ribeiro”
9.      Luciene Lemos de Campos, CRE-3 / SED-MS, “Reflexões sobre ‘Botões murchos’, conto do livro Mulher explícita, de Alciene ribeiro”
10.  Ronaldo Vinagre Franjotti, SED / MS, “Alciene Ribeiro: uma voz única”




LUIZ VILELA
LITERATURA E VIDA 3

Organizadores:
Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)
Eunice Prudenciano de Souza (IFSP)
Ronaldo Vinagre Franjotti (SED/MS)

Luiz Vilela. / Organização de Rauer Ribeiro Rodrigues, Eunice Prudenciano de Souza, Ronaldo Vinagre Franjotti.  Uberlândia, MG: Editora Pangeia ; Três Lagoas, MS: GPLV, 2019. (Coleção Literatura e Vida – volume 3).

ISBN: 978-65-80910-03-8

Apresentação, por Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS

1.      Yvonélio Nery Ferreira, UFAC; Tânia Regina Oliveira Ramos, UFSC, “Modos de silenciamento: Luiz vilela conta a história”
2.      Sheila Dias Maciel, UFMT, “O labirinto em Perdição
3.      Ariovaldo Vidal, USP, “Luiz Vilela, conto e lirismo”
4.      Gil Negreiros, UFSM, “Os diálogos literários de Luiz Vilela: o uso de estratégias da língua portuguesa oral na construção do texto literário”
5.      Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS; Rízio Macedo Rodrigues, Editora Pangeia, “A arte da negociação em Luiz Vilela”
6.      Jorge Augusto Balestero, UEMS; Luciene Lemos de Campos, SED / MS, “Identidades conflituosas nos primeiros contos de Luiz Vilela”
7.      Luiz Carlos Santos Simon, UEL, “Primeiros t(r)emores de Luiz Vilela: masculinidades em contos de Tremor de Terra e No Bar
8.      Felipe Gonçalves Figueira, IFF, “A bússola quebrada e a outra bússola: morte e vida das coisas no conto ‘Quando fiz sete anos’, de Luiz Vilela”
9.      Waleska Rodrigues de Matos Oliveira Martins, UFRB; Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS, “A Morte na obra de Luiz Vilela”
10.  Eunice Prudenciano de Souza, IFSP, “A metacrítica da Fortuna Crítica sobre a obra de Luiz Vilela”




MATÉRIA VERTENTE:
VERBO E DISCURSO
LITERATURA E VIDA 4

Organizadores:
Rauer Ribeiro Rodrigues (GPLV)
Natália Tano Portela (CPTL/UFMS)
André Dias (UFF)


Matéria Vertente: Verbo e Discurso. / Organização de Rauer Ribeiro Rodrigues, Natália Tano Portela, André Dias.  Uberlândia, MG: Editora Pangeia ; Três Lagoas, MS: GPLV, 2019. Apoio: PAEX / CAPES. (Coleção Literatura e Vida – volume 4).

ISBN: 978-65-80910-04-5

Apresentação, por Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS

1.      Roberto Acízelo Quelha de Souza, UERJ, “Teoria da Literatura: Fragmentação, Limites, Possibilidades”
2.      Aurora Cardoso de Quadros, UNIMONTES, “Literatura e Jornalismo: Verdade e Ficção”
3.      Ronaldo Vinagre Franjotti, UFMS; Taís Turaça Arantes, UERJ, “Literatura, exclusão e marginalidade do Rio de Janeiro”
4.      André Dias, UFF; Frederico van Erven Cabala, UFF, “Nelson Rodrigues e o teatro da vida ordinária”
5.      Victor Hugo Adler Pereira, UERJ, “O Rei da Vela: as montagens teatrais como diálogo com sua época” 
6.      Stefania Chiarelli, UFF, “Tem gente demais nesses navios”
7.      Felipe Dartagan Maropo Teixeira de Castro, UFMS, “A condição migrante em ‘O escritor, sua mulher e o gato’, de Adriana Lisboa”
8.      Claudete Daflon, UFF, “Uma roça decolonial: a poética de Josely Vianna Baptista”
9.      Maria Fernanda Gárbero, UFRRJ / UFMG, “Recepção dos clássicos e processos tradutórios em Jocasta. Uma tragédia, de Mariana Percovich”





Mulher, Gênero, Erotismo
LITERATURA E VIDA 5

Organizadores:
Rauer Ribeiro Rodrigues (CPAN/UFMS)
Maísa Barbosa (UNIGRAN)
Natália Tano Portela (CPTL/UFMS)


Mulher, Gênero, Erotismo. / Organização de Rauer Ribeiro Rodrigues, Maísa Barbosa, Natália Tano Portela.  Uberlândia, MG: Editora Pangeia ; Três Lagoas, MS: GPLV, 2019. Apoio: PAEX / CAPES. (Coleção Literatura e Vida – volume 5).

ISBN: 978-65-80910-05-2

Apresentação, por Rauer Ribeiro Rodrigues, GPLV / UFMS

1.      Arnaldo Saraiva, Universidade do Porto, Portugal, “Do Erotismo e da Literatura”
3.      Carina Marques Duarte, CPAN / UFMS, “Nas malhas do discurso: o inventário da sordidez humana em ‘Aviso  prévio’, de Alciene Ribeiro”
4.      Eliane Campello, FURG, “Na (re)escritura das mulheres a história oficial é uma outra História”

5.      Marcos Rogério Heck Dorneles, CPAQ/UFMS, “Deslocamentos, respostas em si mesmas e influência mútua em ‘O regresso de Penélope’, de António Vieira, e ‘Plenilúnio’, de Alciene Ribeiro”
6.      Mariana Martins Porto, UERJ, “Se não queres morrer beija as botas do mais forte: as relações de poder em Um homem: Klaus Klump, de Gonçalo M. Tavares”
7.      Osmar Casagrande Júnior, PPG-Letras / UFMS, “Traços do erotismo nos contos ‘Uai, sô!’ e ‘Transa’, de Alciene Ribeiro”
9.      Dário Ferreira Sousa Neto, UFMS, “Os odores no romance Sexo de André Sant'anna”
10.  Pauliane Amaral, GPLV; Pedro Germano Leal, Brown University, “Uma pintura, uma canção, um emblema: The soldier and the girl (c. 1621), de Gerrit van Honthorst. e La Carpinese



© dos artigos, dos respectivos autores, 2019
© desta edição, Editora Pangeia, 2019

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Publicados os Anais dos eventos do GPLV de 2019

Boas novas!

Estão no ar os Anais do 11º Seminário do GPLV e do 1º Colóquio Alciene Ribeiro. 

Confira no link:


Os e-livros com as palestras e conferências estão para ir ao ar, pela Editora Pangeia. Assim que saírem, informamos os links.

Eis a apresentação dos Anais:

A FLAMA DA PESQUISA:
VIVA E EM TRAVESSIA

Rauer Ribeiro Rodrigues
Líder do GPLV

Matéria vertente: verbo e travessia  sob esse mote, o Grupo de Pesquisa Literatura e Vida, GPLV, realizou em Niterói, RJ, nos dias 2 e 3 de maio de 2019, seu 11º Seminário de Pesquisa, em parceria com o LIDIS – Grupo de Pesquisa Literatura e Dissonâncias. Com apoio do PAEX / CAPES, o evento contou com a participação de professores de diversas instituições, inclusive de outras regiões do país e do exterior.
Tivemos palestras, mesas redondas, conferências, debate de projetos de pesquisa, lançamento de livros e sessões de comunicações. As palestras estão reunidas nos volumes 4 e 5 da Coleção Literatura e Vida que o GPLV publica neste mês pela Editora Pangeia, livros que ficam disponíveis na loja virtual da Editora, em: < https://editorapangeia.com.br/ >. As duas publicações também contaram com o apoio dos recursos do PAEX / CAPES.
Nos livros, estão  entre outros artigos  textos dos professores Arnaldo Saraiva, da Universidade do Porto, Portugal, Maria Fernanda Gárbero, da UFRRJ / UFMG, Dário Ferreira Sousa Neto, da UFMS, Mariana Percovich, Dramaturga, do Uruguai, Andé Dias, da UFF, Sérgio Ricardo Oliveira Martins, da UFRB, Eliane Campello, da FURG, Pedro Germano Leal, da Brown University, Regine Limaverde, Escritora, da Universidade Federal do Ceará, Carina Marques Duarte, da UFMS, Roberto Acízelo, da UERJ, e Waleska Rodrigues de Matos Oliveira Martins, da UFRB.
Como um desdobramento do evento em Niterói, e acolhendo alunos da graduação e da pós-graduação da UFMS dos campi de Três Lagoas, de Aquidauana e de Corumbá, e com a presença de pesquisadores de outras instituições, realizamos, no dia 17 de maio de 2019, no Câmpus do Pantanal, o 1º Colóquio Alciene Ribeiro. As atividades deste evento estão registradas também nestes Anais.
Os dois eventos, assim conjugados  ou mesmo apenas cada um deles em si mesmos ─, marcam momento de maturidade nas atividades do GPLV pela dimensão, profundidade e verticalidade que atingimos com o(s) evento(s) e com as pesquisas realizadas pelo Grupo, agora ampliando a interlocução com outros grupos de pesquisa e com pesquisadores de diversas outras instituições.
A repercussão nas pesquisas em andamento no âmbito do GPLV foi da maior importância, com a dinamização dos estudos, novas fontes bibliográficas, novas perspectivas e novos olhares aos objetos de estudo, e, em especial, a amplitude do diálogo encetado com os mais diversos estudiosos.
As conferências de abertura e encerramento do evento, pelos professores Arnaldo Saraiva e Roberto Acízelo, foram momentos em que vislumbramos novos e mais consistentes paradigmas e em que nos questionamos quanto aos temas tratados e quanto à nossa visão corriqueira sobre a história da literatura, a teoria literária e o erotismo.
Já as palestras no 1º Colóquio Alciene Ribeiro se distribuem em vários dos volumes da Coleção Literatura e Vida, enquanto as comunicações, assim como as do 11º Seminário do GPLV, estão dispostas nestes Anais. Alguns dos palestrantes ou dos colegas que se apresentaram, não enviaram seus textos finais. Registramos as participações na programação, disponível no site específico dos dois eventos, e aqui temos os resumos das intervenções.
Note-se, tanto nestes Anais quanto nos livros, que alguns pesquisadores se apresentaram mais de uma vez, com diferentes intervenções, tendo o mesmo autor por objeto ou apresentando duas pesquisas em andamento. Nos livros ou aqui nos Anais, temos o registro de todas essas intervenções. Em particular, nestes Anais, temos todos resumos, inclusive dos textos que foram publicados nos livros.
Importa também ressaltar a integração entre graduação, pós-graduação e pesquisadores de ponta que logramos alcançar com os dois eventos, de modo também a provocar, em estudantes, o desejo, o interesse e a ação de se tornarem pesquisadores, de se tornarem produtores, de ingressarem na iniciação à pesquisa. Esse efeito multiplicador foi notado tanto na UFF, Universidade Federal Fluminense, quanto na UFMS, e é dos resultados de longo prazo mais animadores do evento.
Outra perspectiva de maior realce foi a integração entre pesquisa de ponta e prática escolar, com intervenções que agregam à reflexão, ao estudo de maturação lenta, o cotidiano do Ensino Fundamental. Isso se deu pela presença, nos eventos, de professores da rede pública  municipal, estadual e federal  e da rede particular.
Convidamos pois à leitura destes Anais, em um primeiro momento, para posterior leitura dos livros do GPLV.
Nossa disposição para o diálogo acadêmico, para tornar matéria vertente do nosso cotidiano de pesquisadores o verbo e a travessia, segue intacto, ainda que  e talvez ainda mais mobilizado por isso  atravessemos momento de dificuldade para a pesquisa e de desvalorização do conhecimento.
Reiteramos nosso agradecimento à CAPES, pelo auxílio via PAEX, aos grupos de pesquisa parceiros, aos professores-pesquisadores com quem dialogamos, aos pesquisadores em formação (PIBIC, mestrado e doutorado) que colocaram suas pesquisas em debate nos eventos, e com ênfase aos nossos estudantes da graduação, pois é por eles e são eles que mantém a flama acesa.
Rauer Ribeiro Rodrigues
Líder do GPLV

PPG-Letras / CPTL / UFMS,
novembro de 2019.

Para acessar os Anais, clique

sábado, 17 de agosto de 2019

Rodrigo Pereira (re)vela as faces de Luiz Vilela

AGENDE.

Não perca a banca de defesa da Tese de doutoramento de Rodrigo Andrade Pereira. Em Luiz Vilela: da face pública à ars poética, a fortuna crítica do escritor mineiro é sacudida por um “tremor de terra”. Em capítulos como “A face obscena”, “A face narcísica” ou “A face ficcionalizada”, partindo das “Faces por desvelar” e chegando à “Face... (re)velada”, após percorrer a crítica, as entrevistas e a obra de Luiz Vilela, Rodrigo Andrade Pereira mostra o homem por trás do escritor e entrevê no cerne da obra os monstros humanos que animam as personagens ficcionais do autor de Perdição.

A banca será no dia 23 de agosto, às 8h, na Unidade 2 do Câmpus de Três Lagoas da UFMS.

Compõem a banca o orientador, Prof. Rauer, e as professores Amaya e Carina Duarte, da UFMS, e Ana Paula Aparecida Caixeta (UnB) e o professor André Dias (UFF), sendo suplentes as professoras Kelcilene (UFMS) e Eunice Prudenciano de Souza (ITSP).

Confira abaixo o resumo da Tese de Rodrigo Andrade Pereira.


LUIZ VILELA: DA ARS POÉTICA À FACE PÚBLICA
Descrevemos, neste trabalho, a face pública do escritor Luiz Vilela, a partir das interações nas entrevistas e depoimentos, e estabelecemos  diálogo dessa face pública com a face autoral discernível nas obras ficcionais do artista; para o constructo da ars poetica do autor, nos valemos da fortuna crítica que acolheu a sua obra e estudamos, em detalhe, o arqui-narrador e o autor-implícito de seus contos, romances e novelas; a nosso ver, do ponto de vista teórico, é possível estabelecer as categorias de arqui-narrador e de autor-implícito como elos entre a face pública do autor - depreendida de entrevistas que concedeu - e a face que ele constrói de si mesmo em sua obra de ficção. Utilizamos o método indiciário, preconizado por Carlo Guinzburg no livro Sinais: Raízes de um paradigma indiciário (1979), as teorias sobre a “face pública”, de Erwing Goffman, no livro A representação do eu na vida cotidiana (2013), o ensaio sobre o autor-implícito e arqui-narrador, de Ismael Cintra, "Dois aspectos do foco narrativo" (1981), e as proposições sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin, definidas em Teoria do Romance I – A estilística (2015). Concluímos que Luiz Vilela é mestre somente no gênero conto, e que sua ficção e sua face pública alternam o modo pelo qual quer ser visto entre timidez, histrionismo e egocentrismo narcísico; depreendemos também, pelos temas que seleciona como prioritários para desenvolver e pelo reiterado modo de narrar por delegações sucessivas, na obra e nas entrevistas, que ele constrói sua face pública, como autor, em um percurso dialógico e heterodiscursivo que tem seu êmulo em reflexo na ars poetica da obra do escritor Luiz Vilela.
Palavras-chave: Arqui-narrador; Autor-implícito; Literatura Brasileira Contemporânea; Teoria da Literatura.
Para contatos com o doutorando ou com o orientador:
<rauer.rodrigues@ufms.br>.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Seminário do GPLV é nesta semana

Dias 2 e 3 de maio, na UFF, em Niterói, acontece o 11º Seminário do GPLV, Grupo de Pesquisa Literatura e Vida / UFMS, em parceria com o LIDIS / UFF e apoio da CAPES.

Nas palestras e nas comunicações, há intervenções que abordam a obra do escritor Luiz Vilela. A seguir, a programação geral; nos links após a programação, em detalhe, as atividades.

Eis a programação geral:
2 maio
7h30 – Credenciamento
8h – Comunicações
10h – Intervalo com o lançamento do livro Mulher explícita, de Alciene Ribeiro, organizado por Rauer Ribeiro Rodrigues (GPLV/UFMS), que assina o Posfácio, e do livro Literatura e teatro: encenações da existência, por um dos organizadores do volume, o Prof. André Dias (UFF
10h20 – Cerimônia de Abertura
Mestre de Cerimônias: André Dias (UFF)

10h30 – Conferência de Abertura:
Do Erotismo e da Literatura
Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto)
Mediador: Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)

12h30 – Almoço 12h30 – Almoço
14h – Mesa 1: Literatura de autoria feminina: percepção e visibilidade
Mediadora: Aurora Cardoso de Quadros (Unimontes)

15h45 – Mesa 2: Literatura e ensino: desafios permanentes
Mediador: Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)

17h30 – Intervalo 17h30 – Intervalo
18h – Palestra do escritor Godofredo de Oliveira Neto, ficcionista, professor na UFRJ
Mediador: André Dias (UFF)

3 maio
7h30 – Credenciamento
8h – Comunicações
10h – Intervalo com o lançamento do livro Literatura e teatro: encenações da existência, por um dos organizadores do volume, o Prof. André Dias (UFF), e do livro Mulher explícita, de Alciene Ribeiro, organizado por Rauer Ribeiro Rodrigues (GPLV/UFMS), que assina o Posfácio.
10h30 – Debate de projetos
12h30 – Almoço
14h – Mesa 3: Teorias de gênero
Mediadora: Carina Marques Duarte (UFMS)

15h45 – Mesa 4: Literatura e teatro em tempos de resistência e abandono
Mediadora: Eunice Prudenciano de Souza (GPLV)

17h30 – Intervalo
18h – Conferência de Encerramento:
Roberto Acízelo: Teoria da Literatura: Fragmentação, Limites e Possibilidades
Mediador: Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues

20h – Encerramento


terça-feira, 12 de junho de 2018

GPLV realiza 10º Seminário em novembro

            O 10º Seminário do Grupo de Pesquisa Literatura e Vida, GPLV, acontecerá nos dia 7, 8, 9 e 10 de novembro de 2018, em Três Lagoas, no CPTL/UFMS, e nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2018 em Corumbá, no Câmpus do Pantanal da UFMS. Haverá, como sempre, debate de pesquisas em andamento, debate de projetos de pesquisa, sessões de comunicações, minicursos, mesas-redondas e palestras.

           Normalmente, o GPLV realiza dois seminários a cada ano, um no primeiro semestre e outro no segundo semestre. No entanto, agora, no marco da décima edição, o Grupo deliberou realizar somente um evento, com as pompas decorrentes do número redondo, dividindo-o em duas sedes.

          Os seminários anteriores foram realizados em Três Lagoas, onde, no PPG-Letras Mestrado e Doutorado / Estudos Literários da UFMS, o GPLV tem sua base, em Ituiutaba, Minas Gerais, em eventos com foco na obra do escritor Luiz Vilela, em Aquidauana e em Corumbá.

          Também no espírito dos eventos anteriores, o mote e denominação do evento ressaltam linha de força que permeia as pesquisas do Grupo, mas não impedem que trabalhos de outra matriz ou tema sejam apresentados e debatido.

           Para novas  informações e detalhes deste 10º Seminário do Grupo de Pesquisa Literatura e Vida, acesse aqui.

terça-feira, 27 de março de 2018

A prosa de Luiz Vilela

Ariovaldo Vidal 
Professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da FFLCH-USP
Jornal da USP, 26/03/2018

Em meados da década de 70, eu fazia o curso de Letras na FFLCH, mas andava também às voltas com teatro amador e por isso aparecia na Biblioteca da ECA algumas vezes, por conta do acervo de peças mimeografadas. Numa dessas vezes, estava no final de uma pequena fila de espera e vi no balcão um cartaz em PB que me chamou a atenção: nele havia uma fila e o último sujeito da fila, um homem na casa dos 30 anos, de terno “de bater” e com expressão cansada, olhava para trás atendendo ao chamado da legenda, que dizia: “Ei! Os escritores brasileiros estão falando de você”. Criava-se uma situação curiosa, um jocoso mise en abyme, pois eu era o último da pequena fila, que certamente nada tinha a ver com a fila simbólica do cartaz; esta falava de um Brasil de filas imensas que a literatura do tempo tematizava (com perdão do lugar-comum) kafkianamente. Mas o mais importante dessa imagem estava no fato de que os jovens escritores de então, seguindo ainda a lição do Modernismo, falavam da vida de seu leitor, agora perdido nos meandros de um país sujeito à ditadura e à burocracia.

A legenda se referia a um grupo de escritores jovens ou novos que estava fazendo por aqueles anos uma literatura que ganhava feição própria, identificando não propriamente um grupo, mas um movimento. De certo modo, se a literatura brasileira não entrava no boom da literatura hispano-americana por razões óbvias ou compreensíveis, o fato é que havia no Brasil daqueles anos um bunzinho de nossa literatura, com uma significativa penetração nos ambientes escolares, o que veio acompanhado de um trabalho editorial sagaz, especialmente concentrado na imagem da Editora Ática (edições ilustradas e chamativas, paratextos voltados à linguagem dos adolescentes, etc.), bem como da Editora Brasiliense, com suas coleções destinadas ao público jovem, as “cantadas literárias”, que traziam uma literatura em boa parte marcada de erotismo e aventura.

Dei essa pequena volta para chegar ao ponto que mais interessa: o romance brasileiro do período, e também ou sobretudo o conto brasileiro que se alastrou enormemente naqueles anos, queriam falar do presente do País, adotando nessa empresa muitas vezes uma linguagem despojada ou coloquial, de uma maneira particularmente nova, nem sempre feliz, uma linguagem de desrecalque (para usar um termo de Antonio Candido ao falar de 22), em que o palavrão, de livre curso, tinha mesmo uma conotação política. Se a matéria da literatura sempre fora a vida presente, os homens presentes, o fato é que agora havia um sentimento de urgência na literatura feita por esses novos escritores (e não só na ficção, nem só na literatura), urgência que dava ao conto e ao romance quase sempre uma feição de denúncia, querendo transformar a matéria realista imediata em alegoria do País, conforme a notação crítica de Davi Arrigucci.

Um dos autores mais característicos desse período completou recentemente 50 anos de literatura: Luiz Vilela. Vilela estreou com um volume de contos chamado Tremor de Terra, em 1967, ganhando com ele o Prêmio Nacional de Ficção, em Brasília. Depois desse vieram muitos outros livros e alguns prêmios, passando por Tarde da Noite (contos, 1970), O Fim de Tudo (contos, 1973), O Inferno É Aqui Mesmo (romance, 1979), Lindas Pernas (contos, 1979), Entre Amigos (romance, 1983), para citar apenas alguns, até chegar a O Filho de Machado de Assis (2016) – que eu saiba o mais recente – totalizando cerca de três dezenas de obras entre contos, romances, novelas e várias antologias.

A crítica já observou o que de certo modo é sentimento de grande parte dos leitores de Luiz Vilela, a saber, que sem se dar conta o leitor vai se sentindo personagem do autor. Mas quem é esse leitor, questão que sempre se impõe quando se fala de recepção? Não é fácil definir, até porque muitos leitores não têm essa empatia com a obra, mas é possível dizer duas ou três coisas sobre ele – ou sobre um desses leitores –, a partir de uma evidência de época e de alguns traços de seu personagem central, espécie de alter ego do escritor.

Como se sabe, as grandes cidades brasileiras começaram a inchar ainda mais aceleradamente na passagem dos anos 60 aos 70; e nesse movimento migratório, surgiu uma camada particular de viventes que vinham não do campo para a cidade, mas do interior para a capital, fenômeno que se deu em muitas partes do País. Era uma população jovem, formada de estudantes que pisavam pela primeira vez o chão de uma universidade (o primeiro da família a entrar no ensino superior, geralmente público), deixando para trás uma formação católica de classe média e a segurança do mundo estável e geralmente opressivo dos pais. Na cidade (e na universidade) encontravam também novas formas de sociabilidade, mais abertas e desafiadoras, concentradas na metonímia da “república”. Não era uma “juventude transviada”: era antes uma juventude em trânsito, que não se reconhecia mais no mundo católico dos pais, nem tinha chegado ainda onde queria ou sonhava, pois entre outras angústias o País vivia o entrave da ditadura; e esse era um dado novo: uma juventude que ganhava uma visão politica dos fatos, em meio ao anonimato da grande cidade.

Em muito a personagem central de Luiz Vilela é esse mesmo jovem, e não é por acaso que em sua obra haja um grande número de estudantes e adolescentes. O romance que melhor concentra esse universo de relações é Os Novos (1971), que conta a história de um grupo de universitários em Belo Horizonte, vivendo os impasses de escolhas novas, num país também em impasse. O romance se passa no final dos anos 60, no contexto do nefasto AI-5: Nei é a personagem central que, recém-formado, já dá aulas de filosofia, escreve contos, frequenta bares com os amigos, mantém uma relação afetiva com o pai distante, que às vezes vem visitá-lo, e vive o drama sentimental de fazer dos amantes dois inimigos.

O livro retoma de maneira clara a tradição mineira dos romances que misturam a crônica de grupo e a confissão do protagonista; é visível a presença de O Amanuense Belmiro (1937), de Cyro dos Anjos, nas cenas vivas da roda de amigos que contrastam com um lirismo subjacente ao protagonista (diga-se que no romance de Cyro, o lirismo está por toda parte, enquanto no de Vilela o prosaísmo está por toda parte); mas retoma também e de modo mais claro o livro de Fernando Sabino, O Encontro Marcado (1956), com o qual compartilha um mesmo grupo de amigos que dividem suas preocupações e impasses: “Estou cansado de tudo isso – disse Nei. – Cansado dessa confusão, cansado da literatura, cansado dessa cidade e dessa chuva, cansado até dessas nossas conversas, que não levam a nada. Dá vontade de sumir pra longe daqui”. E compartilha também o fato de ser o depoimento vivo de uma geração, na expressão de Alfredo Bosi para o livro de Sabino.

O romance possui um andamento solto (não desordenado), contando a história de uma geração de jovens escritores, não mais formados em medicina, farmácia ou direito, mas agora ganhando a vida com o magistério ou o jornal, e a caminho do universo da publicidade. Trata-se de um romance de geração, abusando de um prosaísmo pesado, com o palavrão correndo solto e – como romance de geração – tendo no bar o espaço por excelência em que transcorre a ação. Nele (ou neles) habitam as personagens que vivem os impasses de sua geração: além do protagonista Nei, aparecem seus dois amigos mais próximos Vítor e Zé, além de outros que transitam bastante ou pouco pelos mesmos espaços: Ronaldo, Martinha, Milton, Leopoldo, Queiroz, Dalva, Mário Lúcio, Gabriel e Telmo.

Nas conversas que preenchem o livro, aparecem os temas do período e daquele contexto: o papel da literatura, a comédia provinciana dos medalhões conservadores, a liberdade sexual (tratada na chave do preconceito quase o tempo todo), as saídas políticas contra o autoritarismo, etc. E o problema que mais avulta é o sentimento de impotência diante da situação política e a consequente autoironia com a literatura que fazem, por não sentirem vocação para a ação política; e algumas cenas são simbólicas nesse sentido: numa delas, Nei e alguns amigos assistem ressentidos (sentados numa mureta…) a exibição de heroísmo de alguns alunos que haviam sido presos numa passeata no dia anterior; em outra cena, num bar, cogitam as possibilidades de escolha: no primeiro chope, a saída é a revolução; num dos seguintes, a saída é o suicídio; e entre as duas possibilidades acabam escolhendo um filé a palito.

Ainda em outra cena, definem-se como sendo uma “esquerda festiva e manifestiva”; mas o romance não é uma sátira a esse comportamento, e o fato é que as angústias pequeno-burguesas (como dizia o chavão da época) de suas personagens são verdadeiras e garantem o melhor da obra; suas criaturas não dependem ou se explicam por um momento político (ainda que tão nefasto), e sim pelo processo histórico que ultrapassa e explica esse momento.

Não é difícil perceber a composição da tríade central: de um lado, Vítor, o poeta fracassado, que assume de vez ao final a vida burguesa de pai de família, funcionário público, agora “viciado em tevê” e que combate precariamente o vício da cerveja e as idas ao bar com uma horta que cultiva no fundo da casa; de outro, a figura pungente de Zé, funcionário escravizado a um banco, preso irremediavelmente aos cuidados com a mãe, sabendo que não fará nada de bom na vida, pois o talento – que todos reconhecem nele – ressecará na vida burocrática e doméstica a que está preso. Entre os dois, situa-se a figura discreta do personagem central Nei, aquele que parece encontrar uma saída, tantas vezes protelada e desacreditada.

A saída está indiciada numa cena em abismo no meio do romance, que antecipa o próprio romance que estamos lendo: os amigos decidem escrever uma peça – que acaba (mal) escrita e censurada – para denunciar e protestar contra a opressão política; ocorre que de início a peça não está saindo e Nei pondera que a discussão para a escrita pode ser a própria peça: “Está divertido. Essa preparação para a peça daria outra peça, talvez melhor do que a própria. Ou então: a peça nem chegaria a ser escrita”. E o romance que Nei escreverá (e que Vilela escreveu) é justamente a história da preparação para o romance, talvez melhor do que o próprio, relação entre a obra planejada ou desejada e a obra vicária e precária que acabou saindo, mas por isso mesmo mais visceral. No final da narrativa, diz o protagonista que irá retomar o romance e, quem sabe, conseguir escrevê-lo; de fato, é isso que acontecerá: depois de tanta negação, ele finalmente se encaminhará para seu encontro marcado.

Mas para além desse romance, a mesma personagem aparece em diferentes contos e novelas, com outros nomes e roupas, não sem um sentimento de desconcerto que se traduz num olhar solidário (da personagem ou do autor que subjaz ao texto) a outros viventes igualmente sofridos – as mulheres, os velhos, as crianças, os que passam por alguma tragédia. No caso das primeiras, trata-se de um olhar feminino que deixa ver uma condição de opressão num mundo que vai deixando de ser patriarcal; no caso dos segundos, o sentimento de rejeição, de inutilidade, num mundo que vai ficando cada vez mais jovem. Tudo isso filtrado por um olhar melancólico, que não deixa de se disfarçar muitas vezes em humor.

Não vai sem crítica um comentário à prosa do autor, pois a questão é saber o quanto do que estava preso ao momento (“estão falando de você”) não envelheceu com o tempo. Um incômodo evidente a muitos leitores (e a mim) é certo vezo do escritor em buscar um final impactante, que se traduz em revelação algo suspeita ou mesmo em carga patética. Por razões de gênero, isso é mais comum no conto que no romance, mas ainda assim – e por justiça com o autor – é necessário fazer uma leitura modulada do problema. De qualquer modo, sua linguagem sempre às voltas com um coloquial desataviado, seu diálogo que tantas vezes a crítica elogiou, o olhar de ternura para criaturas indefesas ou deslocadas são ainda motivos para seduzir novos e jovens leitores que acabarão sentindo-se personagens do autor.




Fonte: http://jornal.usp.br/artigos/a-prosa-de-luiz-vilela/. Acesso em: 27 mar. 2018.