Vilela

O escritor, durante a 4a. Semana Luiz Vilela, em
Ituiutaba, MG, no dia 13 de maio de 2011.
Foto do arquivo do GPLV.
                                                     
Biografia de Luiz Vilela:


Luiz Vilela nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 31 de dezembro de 1942, sétimo e último filho de um engenheiro-agrônomo e de uma normalista. Fez o curso primário e o ginasial no Ginásio São José, dos padres estigmatinos.
Criado numa família em que todos liam muito e numa casa onde “havia livros por toda parte”, segundo ele conta em entrevista a Edla van Steen (Viver & Escrever), era natural que, embora tendo uma infância igual à de qualquer outro menino do interior, ele desde cedo mostrasse interesse pelos livros.
Esse interesse foi só crescendo com o tempo, e um dia, em 1956 — ano em que um meteoro riscou os céus da cidade, deixando um rastro de fumaça —, Luiz Vilela, com 13 anos de idade, começou a escrever. Logo em seguida, aos 14, passou a publicar: primeiro, num jornal de estudantes, A Voz dos Estudantes, e, depois, num jornal da
cidade, o Correio do Pontal.
Aos 15 anos foi para Belo Horizonte, onde fez o curso clássico, no Colégio Marconi, e de onde passou a enviar, semanalmente, uma crônica para o jornal Folha de Ituiutaba.
Entrou, depois, para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de Minas Gerais (U.M.G.), atual Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), formando-se em Filosofia. Publicou contos na “página dos novos” do Suplemento Dominical do Estado de Minas e ganhou, por duas vezes, um concurso de contos do Correio de Minas.
Aos 21, com outros jovens escritores mineiros, criou uma revista só de contos, Estória, e um jornal literário de vanguarda, Texto. Estas publicações, que, na falta de apoio financeiro, eram pagas pelos próprios autores, marcaram época, e sua repercussão não só ultrapassou os muros da província, como ainda chegou ao exterior.
Nos Estados Unidos, a Small Press Review afirmou, na ocasião, que Estória era “a melhor publicação literária do continente sul-americano”. Vilela criou também, com outros, a Revista Literária, da U.M.G.
Em 1967, aos 24 anos, depois de se ver recusado por vários editores, Luiz Vilela publicou, à própria custa, em edição graficamente modesta e de apenas mil exemplares, seu primeiro livro, de contos, Tremor de Terra. Mandou-o então para um concurso literário em Brasília, e o livro ganhou o Prêmio Nacional de Ficção, disputado com 250 escritores, entre os quais diversos monstros sagrados da literatura brasileira, como Mário Palmério e Osman Lins. José Condé, que também concorria e estava presente ao anúncio do prêmio, feito no encerramento da Semana Nacional do Escritor, que se realizava todo ano na capital federal, levantou-se, acusou a comissão julgadora de fazer “molecagem” e se retirou da sala. Outro escritor, José Geraldo Vieira, também inconformado com o resultado e que estava tão certo de ganhar o prêmio, que já levara o discurso de agradecimento, perguntou à comissão julgadora se aquele concurso era destinado a “aposentar autores de obra feita e premiar meninos saídos da creche”.
Comentando mais tarde o acontecimento em seu livro Situações da Ficção Brasileira, Fausto Cunha, que fizera parte da comissão julgadora, disse: “Os mais novos empurram implacavelmente os mais velhos para a história ou para o lixo.”
Tremor foi, logo a seguir, reeditado por uma editora do Rio, e Luiz Vilela se tornou conhecido em todo o Brasil, sendo saudado como A Revelação Literária do Ano. “A crítica mais consciente não lhe regateou elogios”, lembraria depois Assis Brasil, em seu livro A Nova Literatura, e Fábio Lucas, em outro livro, O Caráter Social da Literatura Brasileira, falaria nos “aplausos incontáveis da crítica” obtidos pelo jovem autor. Aplausos a que se juntaram os de pessoas como o historiador Nelson Werneck Sodré, o biógrafo Raimundo Magalhães Jr. e o humorista Stanislaw Ponte Preta. Coroando a espetacular estreia de Luiz Vilela, o Jornal do Brasil, numa reportagem de página dupla, intitulada “Literatura Brasileira no Século XX: Prosa”, o escolheu como o mais representativo escritor de sua geração, incluindo-o na galeria dos grandes prosadores brasileiros, iniciada por Machado de Assis.
Em 1968 Vilela mudou-se para São Paulo, para trabalhar como redator e repórter no Jornal da Tarde. No mesmo ano, foi premiado no I Concurso Nacional de Contos, do Paraná. Os contos dos vencedores foram reunidos e publicados em livro, com o título de Os 18 Melhores Contos do Brasil. Comentando-o no Jornal de Letras, Assis Brasil disse que Luiz Vilela era “a melhor revelação de contista dos últimos anos”.
Ainda em 1968, um conto seu, “Por toda a vida”, do Tremor de Terra, foi traduzido para o alemão e publicado na Alemanha Ocidental, numa antologia de modernos contistas brasileiros, Moderne Brasilianische Erzähler. No final do ano, convidado a participar de um programa internacional de escritores, o International Writing Program, em Iowa City, Iowa, Estados Unidos, Vilela viajou para este país, lá ficando nove meses e concluindo o seu primeiro romance, Os Novos. Sobre a sua participação no programa, ele disse, numa entrevista ao Jornal de Letras: “Foi ótima, pois, além de uma boa bolsa, eu tinha lá todo o tempo livre, podendo fazer o que quisesse: um regime de vida ideal para um escritor.”
Dos Estados Unidos, Vilela foi para a Europa, percorrendo vários países e fixando-se por algum tempo na Espanha, em Barcelona. Seu segundo livro, No Bar, de contos, foi publicado no final de 1968. Dele disse Macedo Miranda, no Jornal do Brasil: “Ele escreve aquilo que gostaríamos de escrever.” No mesmo ano, Vilela foi premiado no II Concurso Nacional de Contos, do Paraná, ocasião em que Antonio Candido, que fazia parte da comissão julgadora, observou sobre ele: “A sua força está no diálogo e, também, na absoluta pureza de sua linguagem.”
Voltando ao Brasil, Vilela passou a residir novamente em sua cidade natal, próximo da qual comprou depois um sítio, onde passaria a criar vacas leiteiras.
“Gosto muito de vacas”, disse, mais tarde, numa entrevista que deu ao Folhetim, da Folha de S.Paulo. “Não só de vacas: gosto também de cavalos, porcos, galinhas, tudo quanto é bicho, afinal, de borboleta a elefante, passando obviamente por passarinhos, gatos e cachorros. Cachorro, então, nem se fala, e quem conhece meus livros já deve ter notado isso.”
Em 1970 o terceiro livro, também de contos, Tarde da Noite, e, aos 27 anos, a consagração definitiva como contista. “Um dos grandes contistas brasileiros de todos os tempos”, disse Wilson Martins, no Estado de S. Paulo. “Exemplos do grande conto brasileiro e universal”, disse Hélio Pólvora, no Jornal do Brasil. E no Jornal da Tarde, em artigo de página inteira, intitulado “Ler Vilela? Indispensável”, Leo Gilson Ribeiro dizia, na chamada: “Guimarães, Clarice, Trevisan, Rubem Fonseca. Agora, outro senhor contista: Luiz Vilela.”
Em 1971 saiu Os Novos. Baseado em sua geração, o livro se passa logo após a Revolução de 64 e teve, por isso, dificuldades para ser publicado, pois o país vivia ainda sob a ditadura militar, e os editores temiam represálias. Publicado, finalmente, por uma pequena editora do Rio, ele recebeu dos mais violentos ataques aos mais exaltados elogios. No Suplemento Literário do Minas Gerais, Luís Gonzaga Vieira o chamou de “fogos de artifício”, e, no Correio da Manhã, Aguinaldo Silva acusou o autor de “pertinaz prisão de ventre mental”. Pouco depois, no Jornal de Letras, Heraldo Lisboa observava: “Um soco em muita coisa (conceitos e preconceitos), o livro se impõe quase em fúria. (É por isso que o temem?)” E Temístocles Linhares, em O Estado de S. Paulo, constatava: “Se não todos, quase todos os problemas das gerações, não só em relação à arte e à cultura, como também em relação à conduta e à vida, estão postos neste livro.” Alguns anos depois, Fausto Cunha, no Jornal do Brasil, em um número especial do suplemento Livro, dedicado aos novos escritores brasileiros, comentou sobre Os Novos: “É um romance que, mais dia menos dia, será descoberto e apreciado em toda a sua força. Sua geração ainda não produziu nenhuma obra como essa, na ficção.”
Em 1974 Luiz Vilela ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, para o melhor livro de contos de 1973, com O Fim de Tudo, publicado por uma editora que ele, juntamente com um amigo, fundou em Belo Horizonte, a Editora Liberdade. Carlos Drummond de Andrade leu o livro e escreveu ao autor: “Achei ‘A volta do campeão’ uma obra-prima.”
Em 1978 aparece Contos Escolhidos, a primeira de uma dúzia de antologias de seus contos — Contos, Uma Seleção de Contos, Os Melhores Contos de Luiz Vilela, etc. —, que, por diferentes editoras, apareceriam nos anos seguintes. Na revista IstoÉ, Flávio Moreira da Costa comentou: “Luiz Vilela não é apenas um contista do Estado de Minas Gerais: é um dos melhores ficcionistas de história curta do país. Há muito tempo, muita gente sabe disso.”
Em 1979 Vilela publicou, ao longo do ano, três novos livros: O Choro no Travesseiro, novela, Lindas Pernas, contos, e O Inferno É Aqui Mesmo, romance. Sobre o primeiro, disse Duílio Gomes, no Estado de Minas: “No gênero novela ele é perfeito, como nos seus contos.” Sobre o segundo, disse Manoel Nascimento, na IstoÉ: “Agora, depois de Lindas Pernas (sua melhor coletânea até o momento), nem os mais céticos continuarão resistindo a admitir sua importância na renovação da prosa brasileira.”
Quanto ao terceiro, o Inferno, escrito com base na sua experiência no Jornal da Tarde, ele, assim como acontecera com Os Novos, e por motivos semelhantes, causou polêmica. No próprio Jornal da Tarde, Leo Gilson Ribeiro disse que o livro não era um romance, e sim “uma vingança pessoal, cheia de chavões”. Na entrevista que deu ao Folhetim, Vilela, relembrando a polêmica, foi categórico: “Meu livro não é uma vingança contra ninguém nem contra nada. É um romance, sim. Um romance que, como as minhas outras obras de ficção, criei partindo de uma realidade que eu conhecia, no caso o Jornal da Tarde.” Comentando o livro na revista Veja, Renato Pompeu sintetizou a questão nestas palavras: “O livro é importante tanto esteticamente como no nível de documento, e sua leitura é indispensável.”
Ituiutaba, uma cidade de porte médio, situada numa das regiões mais ricas do país, o Triângulo Mineiro, sofrera na década de 70, como outras cidades semelhantes, grandes transformações, o que iria inspirar a Vilela seu terceiro romance, Entre Amigos, publicado em 1982 e tão elogiado pela crítica. “Entre Amigos é um romance pungente, verdadeiro, muito bem escrito, sobretudo isso”, disse Edilberto Coutinho, na revista Fatos e Fotos.
Em 1989 saiu Graça, seu quarto romance e décimo livro. Graça foi escolhido como o “livro do mês” da revista Playboy, em sua edição de aniversário. “Uma narração gostosa e envolvente, pontuada por diálogos rápidos e costurada com um fino bom humor”, disse, na apresentação dos capítulos publicados, a editora da revista, Eliana Sanches. Na Folha da Tarde, depois, Luthero Maynard comentou: “Vilela constrói seus personagens com uma tal consistência psicológica e existencial, que a empatia com o leitor é quase imediata, cimentada pela elegância e extrema fluidez da linguagem, que o colocam entre os mais importantes escritores brasileiros contemporâneos.”
No começo de 1990, a convite do governo cubano, Luiz Vilela passou um mês em Cuba, como jurado de literatura brasileira do Premio Casa de las Américas. Em junho, ele foi escolhido como O Melhor da Cultura em Minas Gerais no ano de 1989 pelo jornal Estado de Minas, na sua promoção anual “Os Melhores”.
No final de 1991 Vilela esteve no México, como convidado do VI Encuentro Internacional de Narrativa, que reuniu escritores de várias partes do mundo para discutir a situação da literatura atual.
Em 1994, no dia 21 de abril, ele foi agraciado pelo governo mineiro com a Medalha da Inconfidência. Logo depois esteve na Alemanha, a convite da Haus der Kulturen der Welt, fazendo leituras públicas de seus escritos em várias cidades. No fim do ano publicou a novela Te Amo Sobre Todas as Coisas, a respeito da qual André Seffrin, no Jornal do Brasil, escreveu: “Em Te Amo Sobre Todas as Coisas encontramos o Luiz Vilela de sempre, no domínio preciso do diálogo, onde é impossível descobrir uma fresta de deslize ou notação menos adequada.”
Em 1996 foi publicada na Alemanha, pela Babel Verlag, de Berlim, uma antologia de seus contos, Frosch im Hals. “Um autor que pertence à literatura mundial”, disse, no prefácio, a tradutora, Ute Hermanns. No final do ano Vilela voltou ao México, como convidado do XI Encuentro Internacional de Narrativa.
Em 2000 um conto seu, “Fazendo a barba”, foi incluído na antologia Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, e um curta-metragem, Françoise, baseado no seu conto homônimo, dirigido por Rafael Conde e com Débora Falabella no papel principal, ganhou o prêmio de melhor atriz na categoria curtas do Festival de Cinema de Gramado. Ainda no mesmo ano, foi publicado o livro O Diálogo da Compaixão na Obra de Luiz Vilela, de Wania de Sousa Majadas, primeiro estudo completo de sua obra.
Em 2001 a TV Globo levou ao ar, na série Brava Gente, uma adaptação de seu conto “Tarde da noite”, sob a direção de Roberto Farias, com Maitê Proença, Daniel Dantas e Lília Cabral.
Em 2002, depois de mais de vinte anos sem publicar um livro de contos, Luiz Vilela lançou A Cabeça, livro que teve extraordinária recepção de crítica e de público e foi incluído por vários jornais na lista dos melhores lançamentos do ano. “Os diálogos mais parecidos com a vida que a literatura brasileira já produziu”, disse Sérgio Rodrigues, no Jornal do Brasil.
Em 2003 Tremor de Terra integrou a lista das leituras obrigatórias do vestibular da UFMG. A Cabeça foi um dos dez finalistas do I Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira e finalista também do Prêmio Jabuti. Vários contos de Vilela foram adaptados pela Rede Minas para o programa Contos de Minas. Também a TV Cultura, de São Paulo, adaptou três contos seus, “A cabeça”, “Eu estava ali deitado” e “Felicidade”, para o programa Contos da Meia-Noite, com, respectivamente, os atores Giulia Gam, Matheus Nachtergaele e Paulo César Pereio. E um outro conto, “Rua da amargura”, foi adaptado, com o mesmo título, para o cinema, por Rafael Conde, vindo a ganhar o prêmio de melhor curta do Festival de Cinema de Brasília. O cineasta adaptaria depois, em novo curta, um terceiro conto, “A chuva nos telhados antigos”, formando com ele a “Trilogia Vilela”. Ainda em 2003, o governo mineiro concedeu a Luiz Vilela a Medalha Santos Dumont, Ouro.
Em 2004, numa enquete nacional realizada pelo caderno Pensar, do Correio Braziliense, entre críticos literários, professores universitários e jornalistas da área cultural, para saber quais “os 15 melhores livros brasileiros dos últimos 15 anos”, A Cabeça foi um dos escolhidos. No fim do ano a revista Bravo!, em sua “Edição 100”, fazendo um ranking dos 100 melhores livros de literatura, nacionais e estrangeiros, publicados no Brasil nos últimos oito anos, levando em consideração “a relevância das obras, sua repercussão entre a crítica e o público e sua importância para o desenvolvimento da cultura no país”, incluiu A Cabeça em 32.º lugar.
Em 2005, em um número especial, “100 Livros Essenciais” — “o ranking da literatura brasileira em todos os gêneros e em todos os tempos” —, a Bravo! incluiu entre os livros o Tremor de Terra, observando que o autor “de lá para cá, tornou-se referência na prosa contemporânea”. E a revista acrescentava: “Enquanto alguns autores levam tempo para aprimorar a escrita, Vilela conseguiu esse feito quando tinha apenas 24 anos.”
Em 2006 — ano em que Luiz Vilela completou 50 anos de atividade literária — saiu sua novela Bóris e Dóris. “Diferentemente dos modernos tagarelas, que esbanjam palavrório (somente para… esbanjar palavrório), Vilela entra em cena para mostrar logo que só quer fazer o que sabe fazer como poucos: contar uma história”, escreveu Nelson Vasconcelos, em O Globo. Com o lançamento de Bóris e Dóris, a Editora Record, nova casa editorial de Vilela, deu início à publicação de toda a sua obra. Comentando o fato no Estado de Minas, disse João Paulo: “Um conjunto de livros que, pela linguagem, virtuosismo do estilo e ética corajosa em enfrentar o avesso da vida, constitui um momento marcante da literatura brasileira contemporânea.”
Em 2008 a Fundação Cultural de Ituiutaba criou a Semana Luiz Vilela, com palestras sobre a obra do escritor, exibição de filmes, exposição de fotos, apresentações de teatro, lançamentos de livros, etc., tendo já sido realizadas quatro semanas.
Em 2011 o Concurso de Contos Luiz Vilela, promoção anual da mesma fundação, chegou à 21ª edição, consolidando a sua posição de um dos mais duradouros concursos literários brasileiros e um dos mais concorridos, com participantes de todas as regiões do Brasil e até do exterior.
No final de 2011 Luiz Vilela publicou o romance Perdição. Sobre ele disse Hildeberto Barbosa Filho, no jornal A União: “É impossível ler essa história e não parar para pensar. Pensar no mistério da vida, nos desconhecidos que somos, nos imponderáveis que cercam os passos de cada um de nós.” Perdição foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, e recebeu o Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2012.
Luiz Vilela já foi traduzido para diversas línguas. Seus contos figuram em inúmeras antologias, nacionais e estrangeiras, e numa infinidade de livros didáticos. No todo ou em parte, sua obra tem sido objeto de constantes estudos, aqui e no exterior, e já foi tema de várias dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Pai de um filho, Luiz Vilela continua a residir em sua cidade natal, onde se dedica inteiramente à literatura.

 

BIBLIOGRAFIA DE LUIZ VILELA

Contos
Tremor de terra. Belo Horizonte: edição do autor, 1967. 9. ed., São 
Paulo: Publifolha, 2004.
No Bar. Rio de Janeiro: Bloch, 1968. 2. ed., São Paulo: Ática, 1984.
Tarde da Noite. São Paulo: Vertente, 1970. 5. ed., São Paulo: Ática, 
1999.
O Fim de Tudo. Belo Horizonte: Liberdade, 1973.
Lindas Pernas. São Paulo: Cultura, 1979.
A Cabeça. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. 1. reimpressão, São Paulo, 
Cosac & Naify, 2002; 2. reimpressão, Cosac & Naify, 2012.
Você Verá. Rio de Janeiro: Record, 2013.

Romances
Os Novos. Rio de Janeiro: Gernasa, 1971. 2. ed., Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1984.
O Inferno É Aqui Mesmo. São Paulo: Ática, 1979. 3. ed., São Paulo: 
Círculo do Livro, 1988.
Entre Amigos. São Paulo: Ática, 1983.
Graça. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
Perdição. Rio de Janeiro: Record, 2011.

Novelas
O Choro no Travesseiro. São Paulo: Cultura, 1979. 9. ed., São Paulo: 
Atual, 2000.
Te Amo Sobre Todas as Coisas. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
Bóris e Dóris. Rio de Janeiro: Record, 2006.

O Filho de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2016.

Antologias
Contos Escolhidos. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978. 2. ed., Porto 
Alegre: Mercado Aberto, 1985.
Uma Seleção de Contos. São Paulo, Nacional, 1986. 2. ed., reformulada, 
São Paulo: Nacional, 2002.
Contos. Belo Horizonte, Lê, 1986. 4. ed., introdução de Miguel Sanches 
Neto, São Paulo: Scipione, 2010.
Os Melhores Contos de Luiz Vilela. Introdução de Wilson Martins. São 
Paulo: Global, 1988. 3. ed., São Paulo: Global, 2001.
O Violino e Outros Contos. São Paulo, Ática, 1989. 7. ed., São Paulo: 
Ática, 2007.
Contos da Infância e da Adolescência. São Paulo: Ática, 1996. 4. ed., 
São Paulo: Ática, 2007.
Boa de Garfo e Outros Contos. São Paulo: Saraiva, 2000. 4. ed., São 
Paulo: Saraiva, 2010.
Sete Histórias. São Paulo: Global, 2000. 3. ed., São Paulo: Global, 2001. 
1.ª reimpressão, 2008.
Histórias de Família. Introdução de Augusto Massi. São Paulo: Nova 
Alexandria, 2001.
Chuva e Outros Contos. São Paulo, Editora do Brasil, 2001.
Histórias de Bichos. São Paulo, Editora do Brasil, 2002.
Contos Eróticos. Belo Horizonte, Leitura, 2008.
Sofia e Outros Contos. São Paulo, Saraiva, 2008. 2.ª tiragem, 2012.
Amor e Outros Contos. Erechim, RS, Edelbra, 2009.
Três Histórias Fantásticas. Introdução de Sérgio Rodrigues. São Paulo, 
Scipione, 2009. 2. ed., São Paulo: SESI-SP, 2016.

         A feijoada e outros contos. São Paulo: SESI-SP, 2014. (Quem lê sabe 

por quê).

Traduções
Frosch im Hals. Trad. Ute Hermanns. Berlim: Babel Verlag, 1996.

Filmes Adaptados da Obra de Luiz Vilela
A Cabeça. Direção: Éder Santos. Com Giulia Gam. São Paulo: TV Cultura, 
s/d. “Contos da meia-noite”.
A Chuva nos Telhados Antigos. Direção: Rafael Conde. Belo Horizonte: 
Filmegraph, 2006. 1 DVD (15 min), son., color.
Arremate. Direção: Cláudio Costa Val. Belo Horizonte: 2006. 1 DVD (21min), 
son., color. [Adaptação do conto “Fazendo a barba”.]
Bóris & Dóris – o filme. Direção: Rauer Ribeiro Rodrigues. Com alunos 
do 3º ano da habilitação Inglês/Português, noturno. Corumbá, MS: Curso 
de Letras – UFMS, 2007. 1 DVD (48min44seg.), son., color. 48min44seg. 
Arquivo wmv. [Dividido em seis capítulos, clique aqui e assista ao filme no 
YouTube]. (Para ler Dossiê sobre o filme, clique aqui).
Calor. Direção: Breno Milagres. Belo Horizonte: Rede Minas, s.d. “Contos 
de Minas”.
2 Homens. Direção: Helvécio Marins Jr. Belo Horizonte: 2001. 1 DVD 
(5min), son., p&b.
Eu Estava Ali Deitado. Direção: Éder Santos. Com Matheus 
Nachtergaele. São Paulo: TV Cultura. “Contos da meia-noite”.
Eu Estava Ali Deitado. Belo Horizonte: PUC-MG, s.d.
Felicidade. Direção: Éder Santos. Com Paulo César Pereio. São Paulo: TV 
Cultura, s.d. “Contos da meia-noite”.
Françoise. Direção: Rafael Conde. Com Débora Falabella. Belo Horizonte: 
Filmegraph, 2001. 1 DVD (22min), son., color.
Freiras em Férias. Direção: Breno Milagres. Belo Horizonte: Rede Minas, 
s.d. “Contos de Minas”.
Más Notícias. Direção: Breno Milagres. Belo Horizonte: Rede Minas, s.d. 
“Contos de Minas”.
O Monstro. Direção: Breno Milagres. Belo Horizonte: Rede Minas, s.d. 
“Contos de Minas”.
Rua da Amargura. Direção: Rafael Conde. Belo Horizonte: Filmegraph, 
2003. 1DVD (14min), son., color. Prêmio de melhor curta do Festival de 
Cinema de Brasília.
Suzy. Direção: Breno Milagres. Belo Horizonte: Rede Minas, s.d. “Contos 
de Minas”.
Tarde da Noite. Direção: Roberto Farias.  Com Maitê Proença, Daniel 
Dantas e Lília Cabral. Rio de Janeiro: TV Globo, 2001. Série Brava Gente.
The end of everything. Ituiutaba, MG: Curso de Letras – FEIT/UEMG, 
s.d. [Adaptação do conto “O Fim de Tudo”.]
Uma Namorada. Direção: Rafael Morais. Belo Horizonte: IEC / PUC Minas 
– Pós-Graduação em Cinema – Instituto de educação continuada, 2006. 1 
DVD (13 min), son., color.
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