Um grupo de estudantes do Instituto Federal Tecnológico do Espírito Santo realizou pesquisa sobre a obra de Luiz Vilela. O trabalho foi apresentado no início de outubro (ver detalhes aqui). Durante a elaboração do estudo, o grupo enviou um questionário ao escritor. Reproduzimos abaixo as perguntas feitas e as respostas de Luiz Vilela.
Como surgiu em você a vontade de escrever?
Eu lia muito desde menino. Um dia, nos meus 13 anos, depois de ter lido tantas histórias, me veio a vontade de escrever também uma. Escrevi, gostei, escrevi outras, e aqui estou até hoje escrevendo histórias.
Você algum dia pensou em desistir de escrever?
Não, nunca pensei. Já tive, como escritor, muitos problemas, muitos aborrecimentos, muitas decepções, mas nunca pensei em desistir.
Qual foi o momento mais marcante de sua trajetória de escritor?
Houve muitos momentos marcantes, mas, para escolher somente um, eu diria que foi a publicação do meu primeiro livro, o Tremor de Terra, de contos. Depois de ser recusado pelos editores, eu, aos 24 anos, em Belo Horizonte, publiquei o livro à minha custa, numa edição graficamente modesta e de apenas mil exemplares. Mandei-o então para um concurso em Brasília, e ele ganhou o Prêmio Nacional de Ficção, o que foi muito comentado pelos jornais e me tornou conhecido em todo o Brasil.
Entre os livros que você escreveu há algum de sua predileção?
Não, não há. Cada livro foi, na época em que o escrevi, o melhor livro que eu poderia escrever. Assim, eu gosto igualmente de todos.
Qual o seu livro que você mais demorou a escrever?
O Perdição, meu último livro, publicado em 2011. Ele é um romance e foi escrito ao longo de mais de dez anos. Em número de páginas, é até agora o meu maior livro. livro. Perdiçãoganhou um dos mais importantes prêmios literários do país, o Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2012.
Qual é a sua maior inspiração para escrever?
Minha maior inspiração é o ser humano, com tudo o que ele tem de belo e de feio, de bom e de mau.
E qual é a sua expectativa para a publicação do próximo livro, de contos, o Você Verá?
A recepção de um livro, tanto por parte do público quanto por parte da critica, é sempre uma incógnita. Podem chover pétalas ou podem chover canivetes, ou então os dois. Seja como for, e falando em chuva, lembremo-nos de que quem entra na chuva é pra molhar. Não é mesmo?
(Este questionário foi elaborado pelas jovens Bianca, Juliana, Ingrid e Débora, alunas do Instituto Federal Tecnológico do Espírito Santo, como parte de um trabalho escolar sobre o conto “Rodoviária”, de Luiz Vilela.)
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