sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dois novos textos sobre a obra de Luiz Vilela estão na Fortuna Crítica

Confira dois novos artigos sobre a obra de Luiz Vilela, com links disponíveis na aba Fortuna Crítica.

São os seguintes:

·      SOUZA, Eunice Prudenciano de. Em Luiz Vilela, a volta ao passado e à infância como reinvenção dos sonhos perdidos. Abralic, 2013.

Resumo: Nossa proposta é demonstrar de que maneira a narrativa de Vilela se torna dissonante em relação ao contexto no qual está inserida. Essa dissonância configura-se como resistência ao que oprime o indivíduo — inserindo-se, aí, as relações sociais encarceradoras, a barbárie do mundo moderno capitalista de nossos dias e a solidão. Entre os contornos que essa resistência adquire, destacamos a volta ao passado e à infância como formas de resgate e valorização de sonhos que reinventam a vida. Partimos do conto "Lembrança” para explicitar o modo como o idoso está às margens da sociedade e como o tema aparece nas narrativas do ficcionista mineiro. No conto “O violino” é a figura de uma criança que possibilita o resgate de valores positivos, pois a criança não foi ainda tolhida pelos falsos conceitos cristalizados do mundo adulto. É um menino que, ao descobrir o velho violino no porão — espaço simbólico que abriga sonhos do passado —, possibilita o despertar de Tia Lázara para antigas emoções. No entanto, as pressões familiares promovem a conformação da personagem, levando-a à desistência e à renúncia dos sonhos. O espaço da casa familiar e a figura da criança serão elementos invariantes na abordagem do tema da velhice como cerceadora de sonhos por Vilela. Nos contos em questão, normas e comportamentos sociais situam a velhice à margem da vida e a voz do narrador, ao solidarizar-se com a profunda solidão a que são relegados, é dissonante diante do status quo.

Palavras-chave: dissonância; opressão; resistência; sociedade; sonhos.


· RODRIGUES, Rauer Ribeiro; MARTINS, Waleska Rodrigues. Entre Eros e Tânatos, brevidade — a presença da morte em Luiz Vilela. Todas as Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2013.

Resumo: A ficção de Luiz Vilela, centrada no cotidiano do homem comum, construída com linguagem coloquial, sintaxe simples e enredos de aparência trivial, tem, sob águas que parecem plácidas, subtextos que elaboram significados, aprofundam sentidos, questionam verdades, satirizam o senso comum e discutem abordando, entre outros temas, questões filosóficas e do âmbito religioso o homem, ser ontológico e ser histórico. Este trabalho mostra esses aspectos na obra do ficcionista mineiro tendo por corpus o conto “Um peixe”, da coletânea Tarde da noite (1970).

Palavras-chave: conto; literatura brasileira contemporânea; teoria da literatura.

Além destes dois textos, agora postados, nos últimos seis meses diversos novos links para a íntegra de artigos sobre a obra de Luiz Vilela foram acrescentados à fortuna crítica coletada pelo GPLV. Para acessá-los, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário