Confira dois
novos artigos sobre a obra de Luiz Vilela, com links disponíveis na aba Fortuna Crítica.
São os
seguintes:
· SOUZA, Eunice Prudenciano de. Em Luiz Vilela, a volta ao passado e
à infância como reinvenção dos sonhos perdidos. Abralic, 2013.
Resumo: Nossa
proposta é demonstrar de que maneira a narrativa de Vilela se torna dissonante
em relação ao contexto no qual está inserida. Essa dissonância
configura-se como resistência ao que oprime o indivíduo — inserindo-se,
aí, as relações sociais encarceradoras, a barbárie do mundo moderno
capitalista de nossos dias e a solidão. Entre os contornos que essa
resistência adquire, destacamos a volta ao passado e à infância como formas
de resgate e valorização de sonhos que reinventam a vida. Partimos do
conto "Lembrança” para explicitar o modo como o idoso está às margens
da sociedade e como o tema aparece nas narrativas do ficcionista mineiro.
No conto “O violino” é a figura de uma criança que possibilita o resgate
de valores positivos, pois a criança não foi ainda tolhida pelos
falsos conceitos cristalizados do mundo adulto. É um menino que, ao
descobrir o velho violino no porão — espaço simbólico que abriga sonhos do
passado —, possibilita o despertar de Tia Lázara para antigas emoções. No
entanto, as pressões familiares promovem a conformação da personagem,
levando-a à desistência e à renúncia dos sonhos. O espaço da casa
familiar e a figura da criança serão elementos invariantes na abordagem do
tema da velhice como cerceadora de sonhos por Vilela. Nos contos em questão,
normas e comportamentos sociais situam a velhice à margem da vida e a voz
do narrador, ao solidarizar-se com a profunda solidão a que são relegados, é
dissonante diante do status
quo.
Palavras-chave: dissonância;
opressão; resistência; sociedade; sonhos.
· RODRIGUES, Rauer Ribeiro; MARTINS, Waleska Rodrigues. Entre Eros e
Tânatos, brevidade — a
presença da morte em Luiz Vilela. Todas as Letras, Universidade Presbiteriana
Mackenzie, 2013.
Resumo: A
ficção de Luiz Vilela, centrada no cotidiano do homem comum,
construída com linguagem coloquial, sintaxe simples e enredos de
aparência trivial, tem, sob águas que parecem plácidas, subtextos que
elaboram significados, aprofundam sentidos, questionam verdades, satirizam o
senso comum e discutem — abordando, entre outros
temas, questões filosóficas e do âmbito religioso — o homem, ser ontológico e ser
histórico. Este trabalho mostra esses aspectos na obra do
ficcionista mineiro tendo por corpus
o conto “Um peixe”, da coletânea Tarde da noite (1970).
Palavras-chave: conto; literatura brasileira contemporânea; teoria
da literatura.
Além
destes dois textos, agora postados, nos últimos seis meses diversos novos links
para a íntegra de artigos sobre a obra de Luiz Vilela foram acrescentados à fortuna crítica coletada pelo
GPLV. Para acessá-los, clique aqui.
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