Integrantes do GPLV - Grupo de Pesquisa Luiz Vilela - apresentam, nos dias 22 e 23 de novembro, em evento promovido pela UNINCOR - Universidade do Vale do Rio Verde de Três Corações, estudos sobre a obra de Luiz Vilela.
O evento é o I Seminário “Minas Gerais – Diálogos”, que integra o II Encontro Tricordiano de Linguística e Literatura, que também abriga o I Seminário “Práticas Discursivas da Contemporaneidade” (UNINCOR/CNPq). O site do evento pode ser acessado clicando aqui.
Jorge Augusto Balestero, mestrando do Mestrado em Letras da UFMS, apresenta a comunicação "Sobre vida e literatura no conto 'Zoiúda', de Luiz Vilela".
Pauliane Amaral, mestranda do Mestrado em Estudos de Linguagens da UFMS, apresenta a comunicação "A personagem jornalista em Luiz Vilela: esmagado entre a classe média e o proletariado".
Rauer Ribeiro Rodrigues, professor de Literatura Brasileira na UFMS e coordenador do GPLV, integra, ao lado dos professores Claudia Campos Soares (UFMG) e Luciano Marcos Dias Cavalcanti (UNINCOR) a Mesa-redonda “Minas em prosa e verso”, do grupo Minas Gerais: diálogos, com a palestra "Perdição, de Luiz Vilela".
Já Luciene Lemos de Campos, embora integre o GPLV, apresentará a comunicação "Poesia e identidade em 'O espelho', de Joaquim Cardozo".
Eis os resumos dos trabalhos:
Já Luciene Lemos de Campos, embora integre o GPLV, apresentará a comunicação "Poesia e identidade em 'O espelho', de Joaquim Cardozo".
Eis os resumos dos trabalhos:
Sobre vida e literatura no conto “Zoiúda”, de Luiz VilelaJorge Augusto Balestero (PG-UFMS)O presente estudo propõe a leitura de "Zoiúda", do escritor Luiz Vilela, levando em conta as propriedades literárias e filosóficas do conto, para fim de análise e reflexão crítica acerca da relação vida e literatura, que se impõe, em subjetividade, por meio dos personagens do conto.PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Vida; Cosmovisão contemporânea.
A personagem jornalista em Luiz Vilela: esmagado entre a classe média e o proletariado
Pauliane Amaral (PG-UFMS)
A partir do levantamento qualitativo das personagens do romance O inferno é aqui mesmo, de Luiz Vilela, desenvolvemos uma análise sobre a personagem Edgar, narrador e protagonista do romance, à luz de outras personagens jornalistas que aparecem na obra do autor, a exemplo do romance Entre amigos (1983) e Perdição (2011). A recorrência da personagem jornalista, construído como um ser socialmente híbrido, que mantém diálogo com a classe proletária, assim como com a classe média, ou, como afirma Cristiane Costa em Pena de Aluguel: escritores jornalistas no Brasil 1904-2004 (2005), “[...] uma classe intermediária, espremida entre a elite e o proletariado”, e que dialoga com uma figura de jornalista presente na literatura brasileira desde os anos 60. Podemos avaliar que essa configuração possibilita ao autor explorar temas da precária realidade socioeconômica nacional, compartilhada por grande parte dos brasileiros, sem abrir mão da complexidade reflexiva proporcionada por personagem intelectualizada, com conhecimentos pontuais de música erudita, literatura e, é claro, política.
PALAVRAS-CHAVE: Personagem; Jornalista; Literatura Brasileira Contemporânea.
Perdição, de Luiz VilelaRauer Ribeiro Rodrigues (UFMS)
O escritor mineiro Luiz Vilela, natural de Ituiutaba, onde nasceu em 1942, lançou, em 2011, seu quinto romance, Perdição. Em quase quatrocentas páginas, Ramon, o narrador, relata a vida de Leonardo, um pescador conhecido como Leo, seu amigo de infância. Leo aceita um convite para ingressar em uma nova religião, muda-se para o Rio de Janeiro e se torna o Pastor Pedro. Tendo sucesso na atividade, ganha dinheiro e impressiona a todos quando retorna à pequena Flor do Campo, dirigindo seu carro e trajando terno e gravata. Após muitas informações não comprovadas e versões as mais desencontradas sobre as atividades do Pastor Pedro no Rio, inclusive algumas que garantem que ele foi para o exterior, Leo, em estado de penúria,retorna para sua cidade natal. Nomeado por Luiz Vilela como “épico de inspiração bíblica”, Perdição tem por cenário a pequena Flor do Campo, que pode ser tomada como metonímia do Brasil. Romance polifônico, em que as personagens são evisceradas pelo narrador iluminista e cético, as páginas de Perdição destilam desencanto no laivo amargo de um tempo em que nem a esperança faz mais sentido.
PALAVRAS-CHAVE: Ficção e História; Literatura Brasileira; Polifonia.
Poesia e identidade em “O espelho”, de Joaquim CardozoLuciene Lemos de Campos (SEED-MS)O poema “O espelho”, de Joaquim Cardozo, oferece-nos a possibilidade de gerar múltiplas leituras, propiciando discussões que abrangem vários campos do conhecimento no âmbito da filosofia, da literatura e da psicologia. Neste trabalho, utilizando-nos do método de pesquisa bibliográfica, intentamos iniciar discussão acerca do conceito de poesia que emerge do poema cardoziano. Como apoio a estas reflexões, serão consideradas a correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond e parte da fortuna crítica de Joaquim Cardozo.PALAVRAS-CHAVE: Modernidade; Identidade; Poesia Brasileira; Joaquim Cardozo
Nenhum comentário:
Postar um comentário