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terça-feira, 11 de junho de 2013

Natália Borges defende TCC sobre Luiz Vilela na UCDB

A estudante Natália Borges defende, na tarde de hoje, a partir das 17h, na Universidade Católica Dom Bosco, no Bloco A do Câmpus da UCDB, em Campo Grande, Trabalho de Conclusão de Curso no qual aborda aspectos da 0bra de Luiz Vilela, em particular do romance Entre amigos (1983).

A orientadora do TCC é a professora Angela Cristina do Rego Catonio, presidente da Banca; atuarão como arguidores as professoras Arlinda Canteiro Dorsa e Neli Porto Soares Betoni Escobar Naban.

Nos próximos dias traremos detalhes do trabalho de Natália Borges.

sábado, 6 de abril de 2013

"Ficção e História em Os novos, de Luiz Vilela"

A dissertação Ficção e História em Os novos, de Luiz Vilela, defendida no final de fevereiro por Rosana da Silva Araújo, está disponível no Blog. Para acessá-la, vá à aba Fortuna Crítica ou clique aqui. Eis o resumo do trabalho:

ARAUJO, Rosana da Silva. Ficção e história em Os novos, de Luiz Vilela. Três Lagoas, 2013. 121 fls. Dissertação (Mestrado, Letras, Estudos Literários) – UFMS/CPTL. Orientador: Rauer Ribeiro Rodrigues.
RESUMO: Esta dissertação estuda o primeiro romance de Luiz Vilela, Os novos, de 1971. Nosso objetivo central, na pesquisa, é analisar a relação entre ficção e história, evidente em Os novos, pois seu enredo encena a vida de jovens à procura de seu destino no início dos anos de chumbo do regime militar de 1964. Trabalhamos com a hipótese de que a arquitetura romanesca de Os novos, construída basicamente por diálogos, de modo questionador e irônico, representa por antítese a superestrutura autoritária e excludente do Brasil dos anos 60 do século XX. Para comprovar nossa hipótese, trilhamos o caminho da intensa tensão política e social do pós-64 e a relacionamos à ficção de Vilela. Voltamo-nos para o estudo das relações teóricas entre ficção e história, para a construção das personagens, para a fortuna crítica sobre o autor, para a construção dos diálogos e para o significado do título de Os novos. Concluímos que o romance e sua estrutura é antitético quanto à repressão política instaurada, ao silêncio e à ditadura, com diálogos que funcionam como contraposição ao contexto histórico. 
PALAVRAS-CHAVE: Diálogo, Fortuna Crítica, Oralidade, Personagem, Teoria literária.
Rosana integra o Grupo de Pesquisa Luiz Vilela, tendo destacada atuação nas atividades do GPLV em seus dois primeiros anos de existência. Ingressou neste ano nos quadros do ensino público municipal da cidade de São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo, atuando como professora.

sábado, 16 de março de 2013

Pauliane Amaral defendeu dissertação sobre "O inferno é aqui mesmo"

Na tarde da última terça-feira, dia 12 de março, a mestranda Pauliane Amaral defendeu a dissertação A função autor no roman à clef: um estudo sobre personagem e narrador em O inferno é aqui mesmo, de Luiz Vilela. A sessão pública de defesa aconteceu no Mestrado em Estudos de Linguagens da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. O estudo de Pauliane agrega temas como os limites entre ficção e história, a presença de autobiografia na obra de Luiz Vilela e a interpretação de que O inferno é aqui mesmo integra o rol das narrativas que o estudioso Renato Franco denominou “romances da cultura da derrota”, no qual Franco não incluíra esse romance de Vilela.
No trabalho, Pauliane traçou o caminho da construção da função-autor (conceito foucaultiano) em O inferno é aqui mesmo, considerando o romance como um roman à clef (romance com chaves), no qual, na narrativa, pessoas reais aparecem sob nomes fictícios e os eventos narrados tem toda a probabilidade de realmente terem acontecido da forma como surgem na trama ficcional. 
A banca arguidora, presidida pelo orientador, o Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues (UFMS), e composta pela Profª. Drª. Maria Adélia Menegazzo (UFMS) e pelo Prof. Dr. Ariovaldo José Vidal (USP), aprovou o trabalho, elogiando a profundidade da pesquisa teórica que norteou o estudo do romance de Luiz Vilela. Pauliane integra o Grupo de Estudos Luiz Vilela, criado para reunir a fortuna crítica sobre a obra do escritor. 
Ainda na terça-feira, mas pela manhã, o prof. Ariovaldo José Vidal proferiu palestra na qual abordou o cânone e a crítica literária a partir de análise do conto “Caso de mentira”, de Marques Rebelo.

Para ver fotos da defesa e da palestra, clique aqui.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Os eventos do GPLV em 12 de abril na UFMS de Campo Grande

Registros fotográficos de eventos do GPLV no Mestrado em Estudos de Linguagens, na UFMS de Campo Grande, em 12 de abril de 2013.

Luciene Lemos de Campos - GPLV, abril/2013    
Prof. Ariovaldo, Profª Maria Adélia, Mestre Pauliane Amaral e Prof. Rauer, em registro após a Banca de Pauliane.


Luciene Lemos de Campos - GPLV, abril/2013  .   
Prof. Rauer e Prof. Ariovaldo, em flagrante da palestra do Prof. Ariovaldo na manhã do dia 12 de abril de 2013, na UFMS.


Para mais informações, clique aqui.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

"PERDIÇÃO", DE LUIZ VILELA, UM ANO DEPOIS

RESENHA SOBRE O ROMANCE "PERDIÇÃO", DE LUIZ VILELA 

Há um ano saiu, pela Editora Record, do Rio de Janeiro, o romance Perdição, de Luiz Vilela, que recebeu o Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2012 de melhor narrativa publicada no país nos anos de 2010 e 2011. No romance, o ficcional tem por referência a história de nosso tempo, das tramoias nos gabinetes palacianos de prefeitos desajeitados e sem prumo às angústias, frustrações e alegrias cotidianas das pessoas comuns

- VEJA EM: 

http://gpluizvilela.blogspot.com.br/2012/12/luiz-vilela-aos-70-anos.html

domingo, 29 de janeiro de 2012

"Encontros marcados", por Wilson Martins

Em 17 de outubro de 1992, o crítico Wilson Martins trata do romance Hilda furacão, de Roberto Drummond, lançado no ano anterior. Nos dois primeiros parágrafos, em que o situa como "romance de uma geração", trata de dois outros romances de geração de escritores mineiros: O encontro marcado, de Fernando Sabino, e Os novos, de Luiz Vilela. Eis essa passagem:


É possível que o grande público esteja lendo Hilda Furacão (São Paulo: Siciliano, 1991), de Roberto Drummond, como o "brinquedo lúdico" proposto pelo autor, e é certo que alguns resenhista se mostraram irritados com esse ultrajante 1º de abril. Mas, são desleituras, porque, antes de mais nada, Hilda Furacão é o "romance de uma geração", a geração incuravelmente frustrada pelo 1º de abril que os acontecimentos políticos lhe pregaram: tinham um encontro marcado com a revolução fidelista de Che Guevara e foram surpreendidos pela revolução castelista de Olímpio Mourão. Assim, 1º de abril não é somente a data simbólica e sarcástica desta história, é também a chave para a sua leitura.
Nascido em 1939, Roberto Drummond estava com 25 anos em 1964, a idade ideal dos entusiasmos e ilusões revolucionárias; agora, um quarto de século mais tarde, amadurecido e posto à prova pelos fatos, ele se vinga da própria ingenuidade e procurá superá-la por meio do clássico exercício psicanalítico: a confissão no divã. Não é sem razão que a heroína frequenta um analista e o narrador consulta outro. De geração para geração, variam os encontros marcados: em 1956, o de Fernando Sabino [1923-2004] era com Deus, entremostrando, aliás, o mesmo desencanto existencial; em 1971, aos 27 anos, Luiz Vilela marcou o seu encontro com a vida literária, sua frívola superficialidade, pretensões injustificadas, mesquinharias, enganos e amarguras (Os novos), sátira de decepção amorosa que, segundo se diz, pôs de mau humor não poucos dos seus modelos, se não todos.
MARTINS, Wilson. Encontros marcados. In: ______. Pontos 
de vista (crítica literária). São Paulo: T.A.Queiroz,
1997. v. 13, p. 86-87. [Publicado no Jornal 
 do Brasil, em  17 out. 1992].

Registremos que consta, no final da primeira edição de Os novos, lançada em 1971 pela Gernasa, do Rio de Janeiro, a seguinte informação:

Belo horizonte, 1-11-66.
Iowa City, 25-11-68.

Como Luiz Vilela nasceu em 31 de dezembro de 1942, a escrita do romance teve início antes de o escritor completar 24 anos, antes mesmo de lançar o seu primeiro livro, e foi concluída pouco antes de Vilela completar 26 anos.

Embora esta seja, conforme a resenha acima de Wilson Martins, "a idade ideal dos entusiasmos e ilusões revolucionárias", Os novos está, segundo o crítico, em outro patamar.

Para Wilson Martins, o primeiro romance de Luiz Vilela é "um retrato tanto mais cruel quanto menos contestável", sendo "um testemunho e um documento" de "uma geração perdida, não por haver sido reprimida e perseguida, mas por não se ter sabido afirmar e impor enquanto geração" (MARTINS, Wilson. Ilusões perdidas. In: ______. Pontos de vista (crítica literária). São Paulo: T.A.Queiroz, 1995. v. 11, p. 391-392. [Publicado no Jornal do Brasil, em 20 out. 1984]).