sexta-feira, 29 de julho de 2016

DISSERTAÇÃO ANALISA LEITURA DA OBRA DE LUIZ VILELA NO ENSINO FUNDAMENTAL

     Está marcada para o dia 30 de agosto, às 14h30, no Câmpus 1 da UFMS de Três Lagoas, a defesa da dissertação Luiz Vilela em contexto extracurricular: alternativas metodológicas para o ensino de literatura. A pesquisa foi realizada por Ângela Nubiato Lopes em um colégio de Araçatuba, SP, tendo por orientador o Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues, e sendo co-orientadora a Profa. Dra. Eunice Prudenciano de Souza. Atuarão como arguidoras as Profas. Dras. Ana Lúcia Espíndola (CPTL/UFMS) e Rita de Cássia Silva Dionísio Santos (Unimontes).
          Em sua pesquisa-ação, desenvolvida no PPG-Letras Mestrado e Doutorado da UFMS, Angela Nubiato Lopes trabalhou no âmbito da escolarização da literatura, aplicando de início as alternativas metodológicas propostas por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar na obra Literatura: a formação do leitor ─ alternativas metodológicas (1993) e em um segundo momento com a criação de Círculos de Leitores.
          De Luiz Vilela foram lidos pelos alunos diversos contos e duas novelas. Os contos foram selecionados entre aqueles que constam de antologias destinadas ao público escolar. Entre as três novelas do escritor, os alunos leram a primeira, O choro no travesseiro (1979), e a mais recente até o momento, Bóris e Dóris (2006).
      Para a pesquisadora, sua estratégia "para despertar nos alunos o interesse de se tornarem leitores literários", foi "estruturar as aulas fora do período obrigatório" , explicando que escolheu a obra de Luiz Vilela para leitura para se valer de "autor brasileiro que expõe temas com profundidade e sensibilidade, ao mesmo tempo em que propicia reflexão crítica sobre a linguagem e a sociedade".
        O resultado do trabalho com os alunos, que iniciaram o projeto no 8º ano e o concluíram quando no 9º ano, mostrou, segundo Ângela Lopes, que "a escolha de textos literários fora dos best-sellers e das imposições da indústria cultural e da cultura de massa resultam em formação literária e crítica que normalmente não verificamos na escolarização da literatura, nos moldes escolares triviais".
           Deixamos desde já o convite para que assista à banca.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Luiz Vilela está entre os autores dos livros doados às penitenciárias do Paraná

Penitenciárias do Paraná recebem 1,5 mil livros da Procuradoria-geral do Estado

08/07/16 às 15:45 - Atualizado às 15:50 Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária
(foto: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária )

Penitenciárias do Paraná receberam 1,5 mil livros literários doados pela Procuradoria-geral do Estado, por meio da Coordenadoria de Estudos Jurídicos, na última semana. As obras serão distribuídas nas bibliotecas das unidades penais para que sejam destinadas ao Projeto de Remição da Pena por Estudo Através da Leitura.


Entre os livros doados estão autores como Ziraldo, Gabriel García Márquez, Fernando Sabino, Bertold Brecht, Clarice Lispector, Alexandre Dumas, Ganymédes José, Carlos Eduardo Novaes e Luiz Vilela.

Segundo a professora responsável pela equipe do Projeto de Remição pela Leitura, Agda Cristina Ultchak, os títulos recebidos são de excelente qualidade. “Os livros recebidos contribuem muito com a prática da boa leitura, pois contemplam leitores de diferentes etapas de ensino”, afirma.

Durante a entrega, o servidor da Escola Superior da Procuradoria-geral do Estado Paulo Collaço, falou sobre a iniciativa. "O projeto é uma excelente iniciativa e conta com o apoio e o incentivo da Coordenadoria de Estudos Jurídicos. A intenção é dar continuidade à ação de doação de livros na valorização da leitura para as pessoas aprisionadas", declara ele.

Atualmente, cerca de 13% dos presos do Estado participam do projeto de Remição pela Leitura, que consiste na realização de leituras mensais de obras literárias e na elaboração de resumo ou resenha do livro lido. A produção é avaliada por um professor de Língua Portuguesa e atingindo a média 6,0, o detento tem direito de reduzir quatro dias da pena a cada livro lido (o limite de participação é de uma resenha por mês).

DOAÇÃO – A campanha de doação para o projeto de remição pela leitura é permanente. São aceitos livros de literatura brasileira e estrangeira, de aventura, romance e outros gêneros, com exceção de livros didáticos, enciclopédias e revistas. Os livros devem ser entregues diretamente nas unidades penais ou, ainda, na sede da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (sala do Núcleo de Comunicação – Rua Deputado Mario de Barros, 1.290 – 4º andar – Centro Cívico – Curitiba)
.https://www.bemparana.com.br/noticia/452863/penitenciarias-do-parana-recebem-15-mil-livros-da-procuradoria-geral-do-estado

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Loyola recebe prêmio da ABL e cita Luiz Vilela


        RIO — "Meio trêmulo", Ignácio de Loyola Brandão celebrou o Prêmio Machado de Assis, concedido anualmente pela Academia Brasileira de Letras (ABL) a escritores pelo conjunto da obra. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo blog de Ancelmo Gois, colunista do GLOBO. O paulista, que venceu o Prêmio Jabuti em 2008, tem uma prolífica produção, que abarca contos, romances, biografias e livros infantojuvenis. Ele receberá R$ 300 mil pela honraria. A solenidade de entrega do troféu será realizada no dia 20 de julho.

      — A duas semanas dos meus 80 anos, me derreti. Acho que valeu a pena, está valendo a pena fazer o que faço.

       Um dos nomes mais proeminentes da Geração 70, o autor se notabilizou por livros como "Zero", de 1975. A obra, proibida pela ditadura brasileira, foi lançada na Itália antes de ser editada em português, o que só aconteceria em 1979. O escritor fez questão de dividir a honraria com seus contemporâneos.

       — Estou aqui acabando de receber a noticia, meio trêmulo, mas quero dizer que no fundo este é um prêmio para a minha geração — afirmou. — Para todos aqueles que a partir dos anos 1970 saíram pelo Brasil, foram para escolas, faculdades, teatros, igrejas, centros acadêmicos, falando sobre literatura, processo de criação, censura e ditadura e resistência.

       O escritor, então, citou nominalmente dez colegas. Foram lembrados por ele nomes como Antônio Torres, Nélida Piñon, Raduan Nassar, Luis Fernando Veríssimo, Luiz Vilela, Ivan Ângelo, Moacyr Scliar, João Antônio, Wander Piroli e Roberto Drummond.

        Em 2015, Rubem Fonseca foi o escolhido pelos acadêmicos e recebeu R$ 100 mil. No ano passado, a ABL distribuiu R$ 450 mil em prêmios, divididos em categorias como ficção; literatura infantojuvenil; história e ciências sociais; ensaio, crítica e história literária; tradução; e cinema, além do troféu pelo conjunto da obra. Em 2016, no entanto, a ABL manteve apenas o Machado de Assis e triplicou o seu valor.



Outras informações sobre o prêmio:

ROMANCISTA IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO É O PRIMEIRO VENCEDOR DO PRÊMIO MACHADO 
DE ASSIS, EM SEU NOVO FORMATO – ANUNCIA A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

    “A premiação da ABL envolve, acima de tudo, reconhecimento ao agraciado pela contribuição à cultura brasileira, representada pelo conjunto da obra realizada”, afirma o Presidente da ABL, Acadêmico Domício Proença Filho

     A entrega do prêmio será no dia 20 de julho, quarta-feira, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. No mesmo dia, a Academia estará comemorando seus 119 anos de fundação.

    O romancista paulista de Araraquara, 79 anos, Ignácio de Loyola Brandão, pelo conjunto de sua obra, é o primeiro ganhador do Prêmio Machado de Assis, no novo formato (a partir deste ano, o único a ser outorgado pela ABL), divulgou hoje, dia 7 de julho, quinta-feira, a Academia Brasileira de Letras.

    Loyola Brandão receberá a importância de R$ 300 mil e diploma, que serão entregues em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon, no dia 20 de julho, quarta-feira, quando a ABL estará comemorando seus 119 anos de fundação.

    Domício Proença Filho, terminada a votação, afirmou: “A reformulação que resultou na concessão de um único prêmio, com o nome de Machado de Assis, objetiva conceder à láurea maior representatividade e relevância”.

    A Secretária-Geral, Acadêmica Nélida Piñon disse que “o vencedor de um prêmio que leva o nome de Machado de Assis encarna o espírito criador dos escritores brasileiros. A outorga deste prêmio alça o premiado à categoria de mestre da narrativa”.

   Em seu novo formato, o Prêmio Machado de Assis valoriza e reverencia o autor brasileiro, ao consagrar o conjunto de sua obra, de acordo com a ABL. O vencedor fez parte, inicialmente, de uma lista tríplice entregue pelos Acadêmicos. Considerados os nomes mais votados, a Diretoria criou uma nova lista e a apresentou ao plenário em ordem alfabética. A seguir, houve a escolha do ganhador, por intermédio de votação secreta, em sessão acadêmica.

     A ABL, até 2015, concedia prêmios em diversas áreas (poesia, ficção, ensaio, literatura infanto-juvenil, tradução, cinema e História e Ciências Sociais). A partir deste ano, apenas o Prêmio Machado de Assis será o representativo da Academia, intercalando as áreas de Literatura e de Humanas, sempre com a condição de valorizar o conjunto de obra dos autores selecionados.
     Na oportunidade, a ABL também fará a entrega das Medalhas João Ribeiro ao educador Carlos Alberto Serpa de Oliveira e ao escritor Maxmiano de Carvalho e Silva.
07/07/2016 - http://www.academia.org.br/noticias/romancista-ignacio-de-loyola-brandao-e-o-primeiro-vencedor-do-premio-machado-de-assis-em

quarta-feira, 6 de julho de 2016

GPLV completou cinco anos em maio

          Em maio de 2011 "nasceu" este Blog, após a criação, no dia 13 de maio daquele ano, do GPLV; o Grupo foi criado durante a 4ª Semana Luiz Vilela, evento que ocorreu na cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, terra natal do escritor Luiz Vilela. O Grupo era então constituído por mestrandas da área de estudos literários de programas de pós-graduação da UFMS, tendo por sede o PPG-Letras do Câmpus de Três Lagoas. Veja, aqui, o primeiro post do Blog, com foto daquele momento.

            Veja aqui detalhes sobre a 4ª Semana Luiz Vilela; e leia aqui a ata de fundação do Grupo.

           O GPLV, nestes cinco anos, ampliou em muito o rol de pesquisadores e passou a ter, além de mestrandos de mestrados acadêmicos, pesquisadores do Profletras - Mestrado Profissional em Letras, doutorandos, graduandos em iniciação científica, planos de trabalho de TCC's e uma pesquisa de pós-doutoramento.

          No âmbito das produções acadêmicas, até a constituição do GPLV, havia sido produzida uma única tese sobre o escritor, defendida em 2006 pelo coordenador do Grupo, Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues (aqui e aqui), e quatro teses com capítulos sobre Luiz Vilela; no momento, quatro doutorandos, no âmbito do Grupo, realizam pesquisas sobre a obra de Luiz Vilela; em 2015, uma tese sobre Vilela foi defendida na UFSC.

         O volume de dissertações anteriores ao GPLV era maior: haviam sido defendidas, até 2011, dez dissertações sobre a obra de Vilela, a primeira em 1992; de 2011 até o momento, mais treze dissertações foram defendidas, sendo que onze delas foram orientadas pelo Prof. Rauer. No momento, há mais duas dissertações em andamento, no Grupo, sobre aspectos da obra de Luiz Vilela.

        Essas informações, com referência completa e links para a maioria dos trabalhos, está disponível na aba "Fortuna Crítica", em relação que também inclui os TCC's e monografias de especialização, além de rol de artigos e filmografia baseada na obra do escritor.

    O GPLV realizou, ao longo desses cinco anos, seis Seminários de Pesquisa, fazendo-os - além da sede do Grupo, em Três Lagoas - em Ituiutaba, com a presença do escritor durante os debates, e nos campi da UFMS de Aquidauana e Corumbá (para ver detalhes do mais recente, acesse no menu a aba "Eventos"). Tem ainda realizado, mensalmente, reuniões como Grupo de Estudos, debatendo aspectos pontuais da teoria literária ou da obra de Luiz Vilela. As convocatórias e atas de algumas dessas reuniões estão disponíveis nas notícias postadas neste Blog (veja aqui).

      Consolidado no modo de atuação, o GPLV estabeleceu, nos dois últimos anos, diversas parcerias com outros pesquisadores, na UFMS e em outras instituições, ampliando e diversificando seus interesses, conforme se constata no Seminário recentemente realizado e na participação de membros do Grupo em congressos e outras atividades acadêmicas em diversas outras instituições

        Ao fechar este balanço, provisório e parcial, informamos que em breve será divulgada a chamada do 7º Seminário do GPLV, que acontecerá neste segundo semestre, em Três Lagoas.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE REUNIÃO DO GPLV

 CONVOCAÇÃO

Ficam convocados os integrantes do Grupo de Pesquisa Luiz Vilela e convidados os demais interessados para reunião do GPLV no dia 16 de julho, sábado, no Câmpus 1 da UFMS de Três Lagoas, das 14h às 18h, para discutirem e deliberarem sobre a seguinte pauta: 
  
1. Informes; 

2. Retomada da reunião anterior:
“Questões práticas no trabalho com Acervos”, por Maria do Socorro Pereira Soares Gonzaga do Carmo;

3. Debate:
O conceito de amizade na obra de Luiz Vilela a partir de O choro no travesseiro (novela, 1979), Perdição (romance, 2011), e o conto "Mosca morta" (de A cabeça, 2002), tendo por referencial o ensaio “O amigo”, de Giorgio Agamben, disponível em:
<https://territoriosdefilosofia.wordpress.com/2013/05/04/o-amigo/>;

4. Elaborar projeto de atuação do GPLV nos próximos cinco anos 
(a partir do Projeto de Pesquisa que instituiu o Grupo, em 2011, cujo prazo de conclusão é agosto de 2016, e os projetos de pesquisa atualmente em realização no âmbito do Grupo) e debate sobre a proposta de renomeação do Grupo;

5. Discussão sobre a organização do 7º Seminário do GPLV;

6. Expediente.
                                   
Três Lagoas, 4 de julho de 2016.
Rauer Ribeiro Rodrigues/Coordenador do GPLV
Eunice Prudenciano de Souza/Co-coordenador do GPLV