sábado, 15 de dezembro de 2012

A alteridade na obra de Luiz Vilela

Está disponível na aba "Fortuna Crítica" a dissertação A alteridade em narrativas de Luiz Vilela, defendida por Laura Delgado em março de 2012. Reproduzimos, abaixo, o resumo do trabalho. Clique no título para ter acesso à íntegra da dissertação, e nos nomes sublinhados para ir ao Lattes da autora ou do orientador.

DELGADO, Laura Eliane de Magalhães AlvarezA alteridade em narrativas de Luiz Vilela. Campo Grande, 2012. 182 f. Dissertação (Mestrado, Estudos de Linguagens) – DLE/CCHS /UFMS. Orientador: Rauer Ribeiro Rodrigues. 
RESUMO: Este trabalho propõe a análise das relações de alteridade presentes em oito contos do escritor Luiz Vilela. Os contos selecionados apresentam personagens em confronto com alteridades definidas por serem estrangeiras (imigrantes e aquelas que não se sentem pertencentes ao lugar). Temos o "Outro", como aquele que não pertence ao grupo "nós" (os migrantes e o exótico) e também temos a "Outridade" (condição de acolhimento do outro por personagem local). O objetivo do estudo é estabelecer a forma com que Luiz Vilela representa o Estrangeiro, o "outro" e a "outridade". Para tanto, descrevemos o relacionamento que tais personagens estabelecem entre si. Utilizamos como método analítico os preceitos da semiótica greimasiana, em específico o quadrado semiótico. Valemo-nos também de referencial teórico embasado em estudos de Julia Kristeva, Todorov e Octavio Paz. Dialogamos com a fortuna crítica de Luiz Vilela, utilizando estudos de Wania Majadas, Yvonélio Nery Ferreira, Rauer Ribeiro Rodrigues e Ronaldo Vinagre Franjotti. A primeira hipótese, neste trabalho, é de que, em Luiz Vilela, como verificamos nos contos de explícito contato do "eu" com o "outro", o espaço social é cruel e desumano e o homem é um ser sem complacência com a alteridade. No extremo, o que parece é que o "nós" elimina o "outro", quando não pode submetê-lo aos seus ditames. A segunda hipótese é de que o narrador não é conivente com a crueldade, forjando alternativas de entendimento entre a alteridade que simboliza o diferente, o "outro", e o "eu", que representa um "nós" coletivo. Nossa proposição central é de que o narrador, em Luiz Vilela, passa da dissociação "eu"/alteridade para situações nas quais o "eu" incorpora, em si, a alteridade.

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