Está disponível na aba "Fortuna Crítica" a dissertação A alteridade em narrativas de Luiz Vilela, defendida por Laura Delgado em março de 2012. Reproduzimos, abaixo, o resumo do trabalho. Clique no título para ter acesso à íntegra da dissertação, e nos nomes sublinhados para ir ao Lattes da autora ou do orientador.
DELGADO, Laura Eliane de Magalhães Alvarez. A alteridade em narrativas de Luiz Vilela. Campo Grande, 2012. 182 f. Dissertação (Mestrado, Estudos de Linguagens) – DLE/CCHS /UFMS. Orientador: Rauer Ribeiro Rodrigues.
RESUMO: Este trabalho propõe a análise das relações de alteridade presentes em oito contos do escritor Luiz Vilela. Os contos selecionados apresentam personagens em confronto com alteridades definidas por serem estrangeiras (imigrantes e aquelas que não se sentem pertencentes ao lugar). Temos o "Outro", como aquele que não pertence ao grupo "nós" (os migrantes e o exótico) e também temos a "Outridade" (condição de acolhimento do outro por personagem local). O objetivo do estudo é estabelecer a forma com que Luiz Vilela representa o Estrangeiro, o "outro" e a "outridade". Para tanto, descrevemos o relacionamento que tais personagens estabelecem entre si. Utilizamos como método analítico os preceitos da semiótica greimasiana, em específico o quadrado semiótico. Valemo-nos também de referencial teórico embasado em estudos de Julia Kristeva, Todorov e Octavio Paz. Dialogamos com a fortuna crítica de Luiz Vilela, utilizando estudos de Wania Majadas, Yvonélio Nery Ferreira, Rauer Ribeiro Rodrigues e Ronaldo Vinagre Franjotti. A primeira hipótese, neste trabalho, é de que, em Luiz Vilela, como verificamos nos contos de explícito contato do "eu" com o "outro", o espaço social é cruel e desumano e o homem é um ser sem complacência com a alteridade. No extremo, o que parece é que o "nós" elimina o "outro", quando não pode submetê-lo aos seus ditames. A segunda hipótese é de que o narrador não é conivente com a crueldade, forjando alternativas de entendimento entre a alteridade que simboliza o diferente, o "outro", e o "eu", que representa um "nós" coletivo. Nossa proposição central é de que o narrador, em Luiz Vilela, passa da dissociação "eu"/alteridade para situações nas quais o "eu" incorpora, em si, a alteridade.
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