Pauliane Amaral, doutoranda em Letras pelo PPG-Letras da UFMS de Três Lagoas, desenvolve no momento a pesquisa "Luiz Vilela: uma biografia literária", desdobramento teórico e prático de sua dissertação de mestrado, A função-autor no roman à clef : Um estudo sobre personagem e narrador em O inferno é aqui mesmo, de Luiz Vilela, realizada na UFMS de Campo Grande. É, entre pós-graduandos, a única remanescente da fundação do GPLV.
No âmbito da pesquisa sobre a configuração de uma identidade do autor submerso nas entrelinhas intradiegéticas do texto literário, Pauliane publicou o artigo “A construção da identidade do autor em J. M. Coetzee e Enrico Vila-Matas” na Revista Itinerários n. 42 (Qualis 2015: B2), de jan.-jun. de 2016. O periódico é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Unesp de Araraquara .
No âmbito da pesquisa sobre a configuração de uma identidade do autor submerso nas entrelinhas intradiegéticas do texto literário, Pauliane publicou o artigo “A construção da identidade do autor em J. M. Coetzee e Enrico Vila-Matas” na Revista Itinerários n. 42 (Qualis 2015: B2), de jan.-jun. de 2016. O periódico é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Unesp de Araraquara .
Em seu artigo a pós-graduanda faz estudo comparado, tratando das diferenças na formação da identidade da figura do autor a partir da análise dos romances Verão (2009), de J. M. Coetzee e Doutor Pasavento (2005), de Enrique Vila-Matas. Com estratégias distintas, esses dois escritores abordam a impossibilidade de se atribuir uma única identidade ao autor, mostrando que o processo de formação identitária é uma construção e que a literatura contemporânea soube incorporar a discussão sobre o que forma a figura de um escritor tanto em sua forma quanto em seu conteúdo.
J. M. Coetzee e Enrique Vila-Matas. |
Abaixo, o resumo do trabalho:
Esse trabalho expõe as estratégias da construção da identidade autoral a partir da análise das narrativas de dois romances contemporâneos que brincam com os limites da ficção autobiográfica: Verão (2009), de J. M. Coetzee, e Doutor Pasavento (2005), de Enrique Vila-Matas. Enquanto a narrativa do primeiro se volta para a construção póstuma da identidade do autor, através da coleta de depoimentos e consulta a cadernos de anotações deixados pelo fictício escritor, a narrativa de Vila-Matas agrega uma estrutura ensaística a elementos temáticos recorrentes na obra do escritor espanhol (como a autorreferência, a citação de outros textos literários, o tema do desaparecimento do escritor e a cessação da escrita – apelidada de Síndrome de Bartleby). Nossa leitura indica que esses dois romances ilustram a impossibilidade de encerrar uma identidade única de autor e que uma saída encontrada pela literatura contemporânea é incorporar em sua estrutura narrativa elementos que compõem essa aporia.
PALAVRAS-CHAVE: Depoimento. Ensaio. Ficção autobiográfica.
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