sábado, 17 de agosto de 2019

Rodrigo Pereira (re)vela as faces de Luiz Vilela

AGENDE.

Não perca a banca de defesa da Tese de doutoramento de Rodrigo Andrade Pereira. Em Luiz Vilela: da face pública à ars poética, a fortuna crítica do escritor mineiro é sacudida por um “tremor de terra”. Em capítulos como “A face obscena”, “A face narcísica” ou “A face ficcionalizada”, partindo das “Faces por desvelar” e chegando à “Face... (re)velada”, após percorrer a crítica, as entrevistas e a obra de Luiz Vilela, Rodrigo Andrade Pereira mostra o homem por trás do escritor e entrevê no cerne da obra os monstros humanos que animam as personagens ficcionais do autor de Perdição.

A banca será no dia 23 de agosto, às 8h, na Unidade 2 do Câmpus de Três Lagoas da UFMS.

Compõem a banca o orientador, Prof. Rauer, e as professores Amaya e Carina Duarte, da UFMS, e Ana Paula Aparecida Caixeta (UnB) e o professor André Dias (UFF), sendo suplentes as professoras Kelcilene (UFMS) e Eunice Prudenciano de Souza (ITSP).

Confira abaixo o resumo da Tese de Rodrigo Andrade Pereira.


LUIZ VILELA: DA ARS POÉTICA À FACE PÚBLICA
Descrevemos, neste trabalho, a face pública do escritor Luiz Vilela, a partir das interações nas entrevistas e depoimentos, e estabelecemos  diálogo dessa face pública com a face autoral discernível nas obras ficcionais do artista; para o constructo da ars poetica do autor, nos valemos da fortuna crítica que acolheu a sua obra e estudamos, em detalhe, o arqui-narrador e o autor-implícito de seus contos, romances e novelas; a nosso ver, do ponto de vista teórico, é possível estabelecer as categorias de arqui-narrador e de autor-implícito como elos entre a face pública do autor - depreendida de entrevistas que concedeu - e a face que ele constrói de si mesmo em sua obra de ficção. Utilizamos o método indiciário, preconizado por Carlo Guinzburg no livro Sinais: Raízes de um paradigma indiciário (1979), as teorias sobre a “face pública”, de Erwing Goffman, no livro A representação do eu na vida cotidiana (2013), o ensaio sobre o autor-implícito e arqui-narrador, de Ismael Cintra, "Dois aspectos do foco narrativo" (1981), e as proposições sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin, definidas em Teoria do Romance I – A estilística (2015). Concluímos que Luiz Vilela é mestre somente no gênero conto, e que sua ficção e sua face pública alternam o modo pelo qual quer ser visto entre timidez, histrionismo e egocentrismo narcísico; depreendemos também, pelos temas que seleciona como prioritários para desenvolver e pelo reiterado modo de narrar por delegações sucessivas, na obra e nas entrevistas, que ele constrói sua face pública, como autor, em um percurso dialógico e heterodiscursivo que tem seu êmulo em reflexo na ars poetica da obra do escritor Luiz Vilela.
Palavras-chave: Arqui-narrador; Autor-implícito; Literatura Brasileira Contemporânea; Teoria da Literatura.
Para contatos com o doutorando ou com o orientador:
<rauer.rodrigues@ufms.br>.