sexta-feira, 8 de junho de 2018

Pauliane publica resenha sobre "O filho de Machado de Assis"

      Doutora em Estudos Literários pelo PPG-Letras da UFMS de Três Lagoas e, em 2011, durante evento sobre Luiz Vilela que ocorreu em Ituiutaba, MG,  uma das fundadoras do Grupo de Pesquisa Literatura e Vida, Pauliane Amaral publicou na edição n. 54 (2018) da Revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, da UnB, a resenha "Luiz Vilela - o filho de Machado de Assis".

      Tendo feito mestrado e doutorado com alentadas pesquisas sobre a obra de Luiz Vilela (aqui e aqui), Pauliane lê a novela de Luiz Vilela com os olhos irônicos e sardônicos com que o autor Luiz Vilela, ou o jovem narrador da novela, emulando seu mestre, o protagonista da novela, um Simão que evoca o Bacamarte de Machado, avalia a saga da consagração literária e discute a perenidade da literatura.

      Para melhor iluminar as contradições do percurso da inserção acadêmica e da posteridade imortal dos autores, Pauliane recorre também a entrevistas que o autor Luiz Vilela concedeu, aproxima os protagonistas da novela de outros protagonistas da obra do escritor (sempre homens brancos, de boa formação escolar, envolvidos com as letras - jornalistas, escritores, escrivões, professores...), e, em especial, aborda o riso histriônico que a novela provoca, ao rir de tudo de tal modo que - ao que parece de modo involuntário - termina rindo de si mesma.

       Como aperitivo, eis uma passagem da resenha de Pauliane Amaral:
Em um mundo em que tudo se inclina ao banal, em que a própria vida parece descartável, a narrativa de Vilela se junta ao coro das vozes “insanas” que profetizam o fim da literatura. Sua novela, cujo enredo é impulsionado por uma descoberta circunstancial, tão ordinária para uns e tão importante para outros, leva-nos a refletir sobre o peso do banal no mundo contemporâneo e na própria crítica literária. Quanto ao peso que a vida de um escritor pode ter na interpretação de sua obra, a narrativa de O filho de Machado de Assis deixa claro que toda biografia não deixa de ser uma forma de transformação do homem em objeto do homem.
      A resenha está originalmente aqui, e encontra-se disponível para baixar aqui.

      Boa leitura!

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