quinta-feira, 22 de junho de 2017

Luís Giffoni comenta o "Tremor de Terra"

Livro de contos Tremor de Terra de Luiz Vilela é relançado em comemoração aos 50 anos

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São 20 contos incisivos, curtos e fáceis de ler. A linguagem é sedutora e simples. Depois de ser rejeitado por várias editoras, Vilela imprimiu o livro por conta própria em 1967 e acabou ganhando o Prêmio Nacional de Ficção, aos 24 anos, quando ficou conhecido em todo o Brasil.

Também disponível aqui.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Vilela fala sobre "Tremor" à Editora Record

http://www.blogdaeditorarecord.com.br/2017/06/07/tremor-de-terra-de-luiz-vilela/



ENTREVISTAS

“Tremor de terra”, de Luiz Vilela

  
Por Nelson Vasconcelos

Grande contador de histórias, Luiz Vilela não é exatamente um homem de muitas palavras – pelo menos na hora de dar entrevistas, que ele só concede por email. TV e rádio, nem pensar. Tudo a ver com sua mineiridade. Nascido em Ituiutaba (1942), foi para a cidade mineira de pouco mais de cem mil habitantes que Luiz Vilela voltou, em meados dos anos 1970, depois de viver em São Paulo, EUA e Espanha. É lá que ele encontra a paz necessária para costurar sua obra, tão extensa quanto premiada.
Um bom exemplo da sua categoria como contista é “Tremor de terra”, que está completando 50 anos de “vida” com nova edição pela Record. Lançado em 1967, quando o autor tinha apenas 24 anos, o livro ganhou logo o Prêmio Nacional de Ficção, abrindo caminho para Luiz Vilela inscrever seu nome entre os escritores de maior destaque no país. Outros livros vieram, assim como muitos outros prêmios – incluindo o Jabuti de 1973, o PEN Clube do Brasil 2012 e o Prêmio da Academia Brasileira de Letras em 2014. Seus livros também mereceram inúmeras traduções e adaptações para teatro, cinema, televisão.
Numa curta entrevista para o blog da editora, ele, que está revisando o seu primeiro romance, “Os novos”, de 1971, e que sairá em 2018 pela Record, afirmou: “A literatura só me deu alegrias”.
“Tremor de terra” chega às livrarias neste mês de junho.
“Tremor de terra” comemora 50 anos. Você costuma reler seus livros?
Sim, costumo. É bom a gente de vez em quando dar uma olhada no que já fez. Isso dá ânimo para seguir em frente e fazer novas coisas.
 Você guarda um xodó especial por algum de seus livros? 
Não. Como eu já disse em outras ocasiões, cada livro meu foi, em cada época, o melhor que eu pude fazer. Assim, eu gosto igualmente de todos.
  Quais escritores, brasileiros e estrangeiros, fizeram a cabeça do Luiz Vilela dos anos 1960?
Eu li muitos romancistas, poetas, dramaturgos, críticos, filósofos, historiadores, humoristas.  Todos, de uma forma ou outra, foram importantes para mim.
Quais escritores chamam hoje a sua atenção?
Nenhum. O que não quer dizer que eu ache que não há hoje bons escritores, nem que eu tenha lido tudo o que ultimamente se publicou.
Me diga, por favor, cinco escritores “obrigatórios, seja de ficção ou não, para quem quer conhecer o Brasil.
Obrigatórios, não sei. Mas cinco é pouco.Teria de ser pelo menos uns cinquenta.
Quais as maiores alegrias e as maiores tristezas que a literatura proporcionou a você?
A literatura só me deu alegrias.
O Brasil está vivendo uma fase politicamente turbulenta. Experimentando um leve exercício de imaginação, você é capaz de dizer para onde estamos caminhando?
Não, não sou capaz. Mas estamos caminhando, e isso, a meu ver, já é algo bom.
 Em que projetos literários você anda trabalhando?
Atualmente estou às voltas com a revisão das provas da nova edição, a terceira, do meu primeiro romance, “Os Novos” (1971), que deverá sair no ano que vem, pela Record.