MONTAG, 29. AUGUST 2011 - http://contosntd2011.blogspot.com.br/
Conto: "Luz sob a porta"
Autor: Luiz Vilela

Morou
em São Paulo, onde foi jornalista do Jornal da Tarde. Residiu nos Estados Unidos e na Europa e foi jurado do Prêmio Casa de las Américas,
em Cuba. Há vários estudos sobre suas obras nas universidades brasileiras, com
alguns trabalhos também no exterior.
[Para mais informações sobre o escritor e sua obra, clique aqui e aqui].
Obras [relação corrigida e atualizada]
Tremor de Terra (contos, 1967, Prêmio Nacional de Ficção de Brasília)No Bar (contos, 1968)Tarde da Noite (contos, 1970)Os Novos (romance, 1971)O Fim de Tudo (contos, 1973, Prêmio Jabuti)O choro no travesseiro (novela, 1979)Lindas Pernas (contos, 1979)O Inferno é Aqui Mesmo (romance, 1979)Entre Amigos (romance, 1983)Contos Escolhidos (antologia, 1985)Uma Seleção de Contos (antologia, 1986)Contos (antologia, 1986)Os Melhores Contos (contos, 2001)O Violino e Outros Contos (antologia, 1989)Graça (romance, 1989)Te Amo Sobre Todas as Coisas (novela, 1994)Contos da Infância e da Adolescência (antologia, 1996)Boa de Garfo e Outros Contos (antologia, 2000)Sete Histórias (antologia, 2000)Histórias de Família (contos, 2001)A cabeça (contos, 2002)Bóris e Dóris (novela, 2006)
Perdição (romance, 2011)
O Conto
Estética:
Característica marcante no estilo de Luiz Vilela é a arte difícil
de expressar com economia de palavras o que transita entre as pessoas, atrás do
óbvio, do aparente. Segue a tendência mineira de evitar excessos. Cria, em
atmosferas densas, situações em que o leitor recebe através de um código
sutil. As palavras como um gesto leve, quase um olhar, brotam espontâneas.
A futilidade dos diálogos entre os amigos do bar (“Imaginem só: me deu a maior
cantada!” - Kafka? Estou lendo. O processo.”) sobrepõe-se a densidade do
diálogo entre mãe e filho (“Quer dizer que a senhora passou o dia sozinha?” -
“Passei, mas não teve importância; arrumei uma costurinha pra fazer.”).
O conto é mais um pequeno drama da miséria humana. Como várias outras dessas
pequenas narrativas, este não tem propriamente um final, mas algo como uma
interrupção, ou suspensão. Não há nenhum suspiro de alívio nem grande emoção
com o desfecho, apenas a triste constatação de que a velhice é assim mesmo.
Elementos
narrativos:
Narrador:
Narrador
observador, em 3ª pessoa, não participa da história.
Tempo:
O
tempo é curto e cronológico.
Espaço:
A
história se passa na casa de amigos (Maria) e na casa da mãe do protagonista
(Nélson).
Personagens:
Nélson,
amigos de Nélson (Toninho, Guido, Maria) e a mãe de Nélson.
Enredo (síntese do conto):
Nélson está com alguns amigos de classe média bebendo em uma festa. Eles
discutem Kafka, dizem que lê Sartre e ouvem os Beatles. Preocupado com as
horas, precisa deixar a festa para visitar a mãe, que aniversaria. Por isso é
motivo de chacotas dos amigos e amigas e é com muita dificuldade que consegue
desvencilhar-se. Embora pressionado, ele insiste e vai. Ao chegar à casa de sua
mãe, já são cinco para a meia-noite. “Havia luz sob a porta, ela estava
esperando-o”.
A recepção é triste. Na casa da mãe, fica sabendo que ela não recebeu nenhuma visita naquele dia. Dulce não foi, nem Rubens, nem Álvaro, nem ninguém. A mãe reclama da idade e do esquecimento a que foi relegada. Fala-lhe do medo que tinha que ele não viesse. A mãe se emociona, e chora baixinho, com medo da velhice, da solidão, e Nélson a consola.
A recepção é triste. Na casa da mãe, fica sabendo que ela não recebeu nenhuma visita naquele dia. Dulce não foi, nem Rubens, nem Álvaro, nem ninguém. A mãe reclama da idade e do esquecimento a que foi relegada. Fala-lhe do medo que tinha que ele não viesse. A mãe se emociona, e chora baixinho, com medo da velhice, da solidão, e Nélson a consola.
"Formou-se em Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Estreou na literatura aos 24 anos, com o livro de contos Tremor de terra, pelo qual recebeu o Prêmio Nacional de Ficção em Brasília. Participou de vários projetos literários como A Revista e a Página dos Novos, editada pelo jornal Estado de Minas.
Luiz Vilela também foi premiado no I e II Concurso Nacional de Contos, do Paraná."
muito admirado por mim e por muitos outros ja que seus contos e romances já foram publicados em vários países, como Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Suécia, Polônia, República Tcheca, Argentina, Paraguai, Chile, Venezuela, Cuba e México.
Também acho curioso o fato de seus contos não terem final, sempre fica à mêrce da imaginção do leitor determinar o final.
sou atriz do grupo MECA e estou encantada com este espaço. O blog está lindo! Parabéns a professora Gyzely e a vocês! Fiquei muito feliz em ler os comentários feitos por vocês! É isso aí!! Estão bem "por dentro" do estilo de Luiz Vilela!
Sou uma admiradora da obra desse escritor,cuja obra tive o privilégio e o prazer de estudar e encenar no espetáculo "Meca encena Luiz Vilela".
Estamos empolgados para apresentar pra vocês!!! Nãpo deixem de visitar o site do Teatro. atualizei e agora vcs podem conferir as fotos do espetáculo!! dêem uma olhada lá! Será que vcs conseguem reconhecer os contos pelas fotos?
beijos
Juliana Freitas
www.teatrovianinha.com.br
=)
PS: Estou ansiosíssima para vera peça novamente..
E após ter alcançado seus objetivos,depois te todo esse sucesso voltou para sua cidade natal,onde se encontra em um sítio.
Eu achei interessante os contos do Luiz porque ele trata com simplicidade fatos do dia-a-dia, e fatos que podem acontecer com quase todo mundo; O fato de seus livros serem conhecidos por todo o mundo também é bastante interessante porque eu não conhecia nenhuma obra brasileira que ja foi traduzida e levada para outros países.
É isso Ae Gyzely =D
muito bom mesmo...
principalmente o climax do conto "primos" que é muito atentador...
flw galera
Ele nasceu em ituiutaba(MG) no ano de 1942,publicou seu primeiro artigo em 1956 num jornal de estudantes.
Formado em filosofia,ele morou em São Paulo,onde foi jornalista do "jornal da tarde",passando a publicar em diversos periódicos os seus trabalhos literários.Correu o mundo,viajou pela Europa,foi convidado a lecionar nos Estados Unidos e para ser jurado do Prêmio Casa de las Américas,em Cuba.Hoje, de volta a Ituiutaba vive em um sitío onde cria vacas leiteiras.
O que mais me chama a atenção é o fato de ser de ituiutaba um artista tão grandioso!!!
Quais contos Luiz Vilela mais lhe chamam a atenção?